Foto: Sergio Moraes/Reuters
Nota atualizada na tarde desta terça-feira, 9 de abril de 2019.
Desde a noite de ontem, segunda-feira, 8 de abril, pelo menos cinco pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas que atingem o Rio de Janeiro. Os inúmeros prejuízos causados pelos alagamentos ainda podiam ser vistos na manhã e tarde de hoje, 09/04, em diversos pontos da cidade, frutos do descaso das “autoridades” que perdura anos após ano.
Na noite de segunda, no bairro da Gávea, Zona Sul da cidade, um rapaz identificado como Guilherme Fontes, de 30 anos, foi encontrado embaixo de um carro. Testemunhas afirmam que ele caiu da moto, foi arrastado pela água até o carro, ficou preso e se afogou.
Já no Morro da Babilônia, no Leme, também na Zona Sul, duas irmãs identificadas como Doralice do Nascimento, de 55 anos, e Gerlaine do Nascimento, 53, morreram num deslizamento. Além de irmãs, elas eram vizinhas. Outras duas mortes foram confirmadas nesta terça.
O gerente estadual Wilson Witzel decretou ponto facultativo nas repartições estaduais da Região Metropolitana do Rio. As escolas estaduais terão aulas canceladas nos turnos da tarde e noite. Já o gerente o gerente municipal Crivella anunciou a suspensão das aulas nas escolas da rede municipal.
Desde ontem, o serviço 199 já recebeu mais de 100 chamadas, muitas delas referentes a dano de estrutura de imóvel e deslizamento de encosta. Os bairros com maior incidência são Copacabana, Itanhangá e Campo Grande, estes dois últimos na Zona Oeste.
Os desastres ocorridos após fortes chuvas não se explicam apenas pela natureza. Em 2018, o governo estadual, então de Luiz Fernando Pezão (MDB), já havia cortado 47% do orçamento destinado ao saneamento básico. Além disso, no mesmo ano, o governo retirou metade da verba que o Fundo de Conservação Ambiental – que contempla o saneamento básico – recebia em royalties para destinar à compra de novas armas e equipamentos de repressão para as polícias do estado.