Reproduzimos nota lançada pela organização Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão em agradecimento aos atos de solidariedade realizados em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife como parte da campanha nacional pela liberdade dos lavradores da Baixada maranhense.
Imagem: Diário de Luta
Aos companheiros e as companheiras de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco pela acolhida aos nossos companheiros Iriomar Teixeira e José Diniz, porta-vozes oficiais do movimento Fóruns e Redes de Cidadania nos atos de solidariedade, nestes Estados, aos presos políticos Laudivino, Joel, Edilson e Emilde, encarcerados injustamente desde o dia 13 de setembro de 2019.
Presos por atos injustos e arbitrários do juiz da comarca de Arari (Emílio Braúna), da promotora da comarca (Lícia Cavalcante) e do delegado de polícia (Alcides Martins), que resolveram criminalizar quem luta por direito, não fazendo nada contra os grileiros de terras públicas que cometem crime de invasão de terras na APA da Baixada Ocidental Maranhense, crime diversas vezes denunciado pelas comunidades dos municípios de Arari e Anajatuba a todos os órgãos públicos municipais, estaduais e federais.
Presos porque o governo Flávio Dino não fez e não faz nada contra o crime de grilagem de terras públicas ocorrido na Área de Preservação Ambiental da Baixada Maranhense, já que tem uma aliança no Estado com latifundiários e com o destruidor agronegócio!
Lavradores, pais de família, lideranças comunitárias de Fleixeiras/Arari-Ma cinquenta e dois dias presos, sem nunca terem sido ouvidos formalmente, por autoridades públicas que se especializaram em humilhar, perseguir, criminalizar, prender e condenar o povo pobre, camponês, quilombola e indígena.
Presos por autoridades inimigas do povo!
Presos porque lutam pelo seu povo!
Presos porque lutam para que o seu povo seja respeitado!
Presos porque querem ver a terra liberta do latifúndio, da ganância e da destruição!
Presos porque denunciaram a grilagem de terras públicas!
Presos porque querem ver os campos públicos maranhenses livres das cercas, dos búfalos e das cercas elétricas!
Nosso agradecimento a todos os movimentos, entidades, órgãos, sindicatos e associações que se solidarizaram nessa jornada pelo Brasil, feita para denunciar os crimes do latifúndio e seus serviçais ocorridos no Maranhão contra o povo camponês, quilombola, indígena.
Nossos agradecimentos em especial à rede de solidariedade nacional, composta pela Liga dos Camponeses Pobre (LCP), Cebraspo, Abrapo, Jornal A Nova Democracia, Movimento Luta de Bairros (MLB), Grupo de Estudos Mangue Vermelho, União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), União da Juventude Comunista (UJC), Movimento Estudantil Popular e Revolucionário (MEPR), Liga Operária, Luta Pelo Socialismo (LPS), Instituto Helena Greco (IHG), Executiva Nacioinal dos Estudantes de Pedagogia (ExNEPe), Frente Nacional de Lutas (FNL) Campo e Cidade, subsede de Vespasiano do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (SINDIFES), do Movimento Feminino Popular (MFP).
Agradecer aos estudantes e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Firmes da Luta!
Nossos companheiros presos enviam forte abraço a todos e todas e que continuam firmes e determinados na luta!
Divulguem e apoiem essa luta.
Abaixo as cercas, campos livres!
Povo unido e organizado, luta e vence!