Rebelião de jovens incendiou ao menos 1.031 automóveis nos arredores de Paris, na madrugada do dia 1º de janeiro de 2018. As ações na virada do ano são já tradição no país. As ações são promovidas por jovens proletários e semiproletários, moradores dos banlieues (espécie de guetos).
O número de veículos incendiados superou a cifra de 2017, que foi de 935 veículos. “Como todos os anos, observamos alguns tumultos: 1031 automóveis foram incendiados. Esse indicador é menor do que em 2012 e 2013 — 1193 e 1067 —, mas um pouco superior ao indicador do ano passado: 935”, informou um comunicado do Ministério do Interior, no dia 1ª de janeiro.
As ações deixaram também 11 policiais e militares feridos. Mesmo o absurdo efetivo de 140 mil agente, entre policiais, guardas e militares, não puderam impedir a espontânea rebelião. Mais de 510 pessoas foram detidas.
O caso que mais repercutiu foi em Champigny-sur-Marne, onde dois policiais foram espancados por um grupo de jovens proletários.
Os banlieues são bairros isolados ao redor de Paris e outras grandes cidades onde destinam-se o proletariado e semiproletariado imigrante, normalmente africano ou árabe. Nessas regiões, a violência policial é particularmente brutal.
O número mais impressionante de ações da juventude foi em 2011, quando 42 mil veículos foram incendiados.
Veículos incendiados em Paris, 1º de janeiro de 2018