Manifestantes tomaram as ruas de Paris em apoio às rebeliões no USA e para denunciar os crimes das polícias ianque e francesa
Demonstrando solidariedade com as revoltas populares que eclodiram no USA em repúdio ao assassinato do trabalhador negro George Floyd e em protesto contra a repressão cometida pela polícia francesa em bairros proletários, principalmente imigrantes, Paris foi tomada por milhares de manifestantes no dia 2 de junho. O massivo protesto também lembrou do assassinato de Adama Traoré, homem negro morto sob custódia policial quatro anos atrás.
Desafiando as leis contra manifestações em meio à pandemia impostas pelo Estado imperialista francês, cerca de 20 mil manifestantes se reuniram em frente ao Tribunal de Justiça, exigindo justiça por Adama Traoré.
Manifestantes carregavam cartazes em apoio ao povo estadunidense e de denúncia contra as polícias ianque e francesa.
Cerca de duas horas após o início da marcha, em resposta à repressão policial que lançou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra o protesto, os manifestantes queimaram motos elétricas e materiais de construção, erguendo barricadas pelas ruas da capital francesa. Pedras e garrafas também foram arremessadas contra os agentes da repressão.
França: Centenas nas ruas contra impunidade
Manifestações similares também ocorreram nas cidades de Lyon, com cerca de 1.200 manifestantes, em Marseille, com 1.800 manifestantes e em Lille, com 2.500 manifestantes, onde também foram registrados confrontos com a polícia.
Manifestantes reunidos em Paris, na placa “Quem nos protege da polícia?”