França: Protestos populares se intensificam após o fim da quarentena

França: Protestos populares se intensificam após o fim da quarentena

Manifestações populares se intensificaram em toda a França logo após a quarentena. Apenas no dia 30 de maio, manifestações multitudinárias aconteceram em duas cidades do país: em Maubeuge e em Paris.

Em Maubeuge, no dia 30 de maio, cerca de 10 mil operários marcharam nas ruas da cidade contra a demissão, pela Renault, de 4,6 mil trabalhadores para maximizar seus lucros. A demissão ocorre mesmo com o monopólio ganhando gordas isenções e benefícios estatais. Na cidade, especificamente, uma fábrica provavelmente será fechada.

Milhares de pessoas estão se manifestam nas ruas de Maubeuge contra o fechamento de uma fábrica da Renault. Fonte: La Cause Du Peuple

Em Paris, uma grande manifestação de imigrantes não documentados, como parte do movimento dos “coletes negros”, aconteceu no mesmo dia, quando milhares de pessoas marcharam nas ruas centrais da capital, bloqueando o trânsito, exigindo a regularização da situação de residência dos migrantes no país. A polícia reprimiu violentamente os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e prendeu 92 pessoas. 

De acordo com o jornal revolucionário La Cause du Peuple, há quase um ano o movimento dos “coletes negros” (uma versão do movimento “coletes amarelos”, de reivindicação dos imigrantes) vem ganhando força. Milhares de migrantes não documentados estão se organizando contra o Estado imperialista francês, que os força a deixar seu país de origem através de guerras e exploração, e depois se recusa a abrigá-los. 

Já no dia 26 de maio, trabalhadores da saúde de toda a França, determinados a lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho para cuidar adequadamente dos pacientes, largaram seus postos de trabalho e protestaram em frente aos hospitais na chamada “terça-feira da revolta”, em que todas as terças-feiras os trabalhadores protestarão dessa forma contra a precarização e exploração durante a pandemia da Covid-19. Uma grande manifestação do setor da saúde também foi prevista para 16 de junho.

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