Nesta terça-feira, 12 de setembro, a França foi palco de grandes manifestações contra os ataques nas leis trabalhistas pretendidas pelo chefe do imperialismo francês Emmanuel Macron, do partido reacionário Em Marcha!. Cerca de 180 manifestações convocadas por centrais sindicais ocorrem em todo o país e setores como o dos transportes públicos, correios, setor energético, hospitais e o tráfego aéreo paralisaram os serviços. As centrais afirmaram que haveriam paralisações em 4.000 empresas.
Os manifestantes criticavam, entre outras medidas, os projetos de lei que reduzem a influência dos sindicatos e organizações de trabalhadores e dão mais aval às empresas para demitir funcionários e controlar as regras do mercado de trabalho.
Em declaração à imprensa na Grécia, Macron atiçou a revolta popular dizendo: “Não cederei ante os preguiçosos, os cínicos nem os extremos”, informou o órgão do monopólio da imprensa espanhola El País. Para Macron, os trabalhadores franceses que protestam são “vagabundos”, e não o seu governo imperialista, que vive da exploração do proletariado francês e da rapina de outros povos e países oprimidos.
Na capital Paris, os organizadores afirmaram que 60 mil pessoas se reuniram entre a Praça da Bastilha e a Porta da Itália. Mesmo com a “segurança” reforçada pelo aparato policial, confrontos foram registrados. Manifestantes com os rostos cobertos (símbolo de resistência para evitar a perseguição da polícia) ergueram barricadas pelas ruas e enfrentaram os agentes com paus, pedras e bombas caseiras.