Frente de latifundiários atacam o portal De olho nos ruralistas

Frente de latifundiários atacam o portal De olho nos ruralistas

Legenda: Parlamentares acompanhados da Ministra Tereza Cristina, entregam pauta prioritária do setor ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Foto: Pablo Valadares

No início do mês, o portal de imprensa De olho nos ruralistas denunciou uma campanha de difamação encabeçada pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) contra o periódico. 

A FPA é apontada pelo portal como organização dos representantes de oligarquias latifundiárias locais e do latifúndio de novo tipo conhecido como agronegócio. Este grupo é chamado também de “bancada ruralista”. 

Esta não foi a primeira vez que a organização ou seus representantes diretos difamam o portal. Em 2016, uma equipe foi expulsa da sede da FPA em meio a uma reportagem que resultou no documentário chamado “Sem Clima Uma República Controlada pelo Agronegócio”. Pouco tempo depois foram novamente expulsos de um evento público do Instituto Pensar Agro (IPA), apontado como setor de organização logística da Frente. 

Em 2020, a FPA já havia acusado o portal de fake news também através de suas redes sociais. O fato ocorreu após vir à tona a denúncia do financiamento de grandes latifundiários como a Bayer, Basf, BRF, JBS, Bunge, Syngenta e Cargill aos seus representantes alocados no parlamento do velho Estado, através do IPA. 

O presidente da FPA, Sérgio Souza, deputado federal pelo MDB-PR, teve sua campanha financiada com um montante de R$ 2,2 milhões no qual mais de R$ 400 mil vieram do latifúndio. 

De olho nos ruralistas, se define como um observatório jornalístico sobre o agronegócio: seu poder político e econômico, seus impactos sociais e ambientais.

Infográfico denuncia as relações financeiras do latifúndio com os parlamentares e o IPA. Foto: De olho nos ruralistas

Outras campanhas contra imprensa democrática

Estas campanhas denunciadas pelo portal De olho nos ruralistas, não são os únicos ataques que vem sendo orquestrado contra a imprensa democrática no país.

Recentemente o Jornal A Nova Democracia denunciou ser alvo de campanas, seguimentos e intimidação. Na ocasião, o AND afirmou: “Tais atividades se dão em meio ao agravamento ímpar da destruição das liberdades democráticas, em que o governo militar genocida, de Jair Bolsonaro e do Alto Comando das Forças Armadas (ACFA), usa e abusa da Lei de Segurança Nacional para calar toda e qualquer oposição”.

Leia também: AND é alvo de campanas, seguimentos e intimidação

De acordo com a ONG Repórteres Sem Fronteiras, junto aos seus filhos, o fascista Bolsonaro promoveu cerca de 331 ataques à imprensa apenas no primeiro semestre deste ano.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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