GO: Administrativos da educação municipal seguem em luta por direitos

Os trabalhadores administrativos da educação municipal de Goiânia fortaleceram a luta independente por salário e demais direitos, no último mês, e começaram setembro realizando atos e mobilizações.
Trabalhadores da Educação estão há um mês em luta contínua por seus direitos. Foto: Banco de Dados AND

GO: Administrativos da educação municipal seguem em luta por direitos

Os trabalhadores administrativos da educação municipal de Goiânia fortaleceram a luta independente por salário e demais direitos, no último mês, e começaram setembro realizando atos e mobilizações.

Os trabalhadores administrativos da educação municipal de Goiânia fortaleceram a luta independente por salário e demais direitos, no último mês, e começaram setembro realizando atos e mobilizações. No dia 14 de setembro, os professores protestaram em frente ao terminal Praça da Bíblia com uma distribuição de panfletos sobre a sua situação.

Uma outra panfletagem foi feita dentro e nos arredores do terminal por trabalhadores do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Sismed). Uma outra manifestação havia sido feita no dia 5 de setembro, quando os trabalhadores protestaram em frente à Secretaria Municipal de Educação. Com faixas e gritos de ordem, os trabalhadores exigiram os salários, plano de carreira e exortaram a deflagração de uma greve. O AND acompanhou o ato e recolheu diversas denúncias.

Uma auxiliar de atividades educativas do CMEI Costa e Silva denunciou que: “Trabalho no CMEI e em outra instituição por mais 8h, eu faço carga horária de 14h por dia pra chegar em um salário decente”.

Uma outra servidora complementou que: “Teve gente que me mostrou contra cheque com saldo zero depois de descontos de tratamentos de saúde!”.

Em tom de denúncia, uma professora chegou a descrever o nível de exploração como “semiescravidao dentro das escolas” e dizer que “não é digno para mim como professora estar dentro da escola convivendo com uma situação dessas”.

No dia 14 de setembro, trabalhadores da Educação fizeram novo protesto. Foto: Banco de Dados AND
Trabalhadores da Educação de GO exigem direitos. Foto: Banco de Dados AND
Trabalhadores protestam no dia 5 de setembro. Foto: Banco de Dados AND

Alertando sobre mais um possível desrespeito da prefeitura aos seus direitos, uma auxiliar de atividades educativas afirmou que que “surgiu uma conversa de gratificação que só vai ser paga a quem não tiver falta, quem não tiver atestado. Quem aqui não tem atestado? Quem aqui não teve que cuidar da saúde?”. A professora denunciou ainda a postura da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego): “Tenho duas graduações, sou historiadora, sou pedagoga e estou cursando ciências sociais. E vem a Bia (presidente do Sintego) dizer que os administrativos têm que estudar?”.

A postura do Sintego já foi denunciada também em outras ocasiões. Desde agosto, os trabalhadores da educação de Goiás exigem greve pelos seus direitos, mas têm dificuldade em emplacar a mobilização devido às posturas da entidade. No início daquele mês, os trabalhadores chegaram a fazer uma audiência pública sem envolvimento do sindicato. No dia 18/09, durante uma assembleia do Sintego, exigiram a definição por greve, mas foram ignorados pela direção.

Uma trabalhadora da escola Consuelo Inácio afirmou que “O direito das crianças e adolescentes é obrigação do Estado, na constituição e no ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente], e que não é cumprido. […] Todo e qualquer direito que nós temos hoje foi forjado, no peito, na raça, apanhando, na rua!”.

Outro ponto levantado foi a equiparação do auxílio locomoção dos administrativos, que atualmente é R$ 400 abaixo do valor pago aos professores da rede municipal. Outras denúncias foram feitas – como de administrativos terem que assumir salas de aula.

O movimento da categoria deve continuar, exigindo novo plano de carreira, o pagamento da data-base de 2023 atrasada já 9 meses, ajuste do auxílio locomoção, cumprimento das progressões de carreira e outros direitos.  E trabalhadores da educação de outros municípios da Região Metropolitana de Goiânia, como Senador Canedo, também estão se mobilizando.

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