Comitê de Apoio ao AND – Goiânia/GO
Trabalhadores ambulantes realizaram protestos pelo direito a trabalhar, em Goiânia, nos dias 13 e 15 de março. Os protestos são as respostas dos ambulantes às operações da Polícia Militar, desatadas em toda a Região Metropolitana, para despejar os vendedores dos terminais de ônibus, sob mando do gerente reacionário Marconi Perillo, conhecido como “coronel do cerrado” por seu notório histórico de opressão.
O protesto do dia 13/03 fechou um importante terminal de Goiânia e enfrentou investidas da repressão. Um confronto estalou e a marcha dos trabalhadores rumou à Praça Universitária. Três dias depois, os ambulantes fecharam o principal cruzamento da capital, a avenida Anhanguera com a avenida Goiás. Estudantes e demais trabalhadores que passavam demonstravam apoio e saudavam a iniciativa de luta dos ambulantes. Ativistas independentes somaram-se à marcha, que durou cerca de duas horas.
Cerca de 1,5 mil trabalhadores circulam nos terminais de ônibus como última saída para conquistar um ganha-pão. Muitos trabalhadores denunciam que, graças à operação (denominada “Embarque seguro”) estão passando fome.
Segundo denunciam, a PM, já consagrada pelo uso de força desproporcional contra o povo, espanca e expulsa ambulantes diariamente, sob ordens expressas do reacionário gerente Marconi. O velho Estado, para piorar, sequer oferece alguma espécie de auxílio para essas pessoas que querem apenas trabalhar. Tudo aponta que essa operação tem o único intuito de favorecer os empresários do transporte público de Goiânia, que culpam os trabalhadores ambulantes pela falta de segurança e sucateamento dos terminais.