GO: Após Guarda Civil atirar contra trabalhadores, povo se revolta e revida

No dia 19 de maio, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, atirou contra trabalhadores informais e os espancou durante uma fiscalização na região comercial da Rua 44.
Trabalhadores se rebelam contra violência policial em Goiânia (GO) e atiram cones e pedras contra a polícia. Foto: Reprodução
Trabalhadores se rebelam contra violência policial em Goiânia (GO) e atiram cones e pedras contra a polícia. Foto: Reprodução
Trabalhadores se rebelam contra violência policial em Goiânia (GO) e atiram cones e pedras contra a polícia. Foto: Reprodução

GO: Após Guarda Civil atirar contra trabalhadores, povo se revolta e revida

No dia 19 de maio, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, atirou contra trabalhadores informais e os espancou durante uma fiscalização na região comercial da Rua 44.

No dia 19 de maio, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, atirou contra trabalhadores informais e os espancou durante uma fiscalização na região comercial da Rua 44. Vídeos do momento mostram os guardas atirando contra um jovem trabalhador e enforcando outro. Conta a ação covarde, a massa de trabalhadores e transeuntes se revoltou, atirando pedras e cadeiras contra os agentes de repressão e as viaturas, assim como desferindo socos contra eles. O jovem baleado foi encaminhado ao hospital com ferimentos e um guarda levou uma pedrada e precisou de atendimento médico.

Jovem trabalhador é enforcado pela GCM em Goiânia. Foto: Reprodução

O confronto entre o povo e as forças de repressão ocorreu durante protestos contra a “fiscalização” da prefeitura de Goiânia. As operações frequentemente terminam com o confisco das mercadorias dos trabalhadores informais.. No momento em que os trabalhadores estavam denunciando que se tratava de um roubo contra suas mercadorias, um guarda da corporação aponta a arma para as massas, e um outro, que se encontrava fora de serviço, dispara contra o tornozelo de um jovem trabalhador. Um dos jovens trabalhadores que impõe resistência à ação é retirado do local enforcado pelos guardas. Contra a covardia, o povo atirou cadeiras e pedras contra a GCM e suas viaturas.

Uma das lojistas da região do camelódromo afirmou em entrevista com a TV Serra Dourada: “Isso daqui tá sendo uma sequência agora, toda semana tá acontecendo isso aqui, porque eles chegam abusando do poder”, denunciou.

A trabalhadora deu detalhes de como foi a atuação do guarda que atirou contra o trabalhador: “Um cara foi defender, de direito dele, porque está todo mundo trabalhando aqui, e deram dois tiros no cara. Enforcaram gente aqui hoje. Eles chegam tirando mercadoria, tem vídeo jogando mercadoria no chão. Hoje, pessoas foram machucadas aqui, pais de família”.

Trabalhadores rechaçam a guerra contra o povo

A criminalização e a repressão contra os trabalhadores informais é mais uma expressão da guerra reacionária contra o povo movida pelo velho Estado e seu aparato policial por todo o Brasil. São operações de “fiscalização” que são usadas como mero artifício para reprimir brutalmente homens e mulheres que buscam ganhar o pão de cada dia de maneira honesta.

As revoltas dos trabalhadores contra tais operações têm se tornado cada vez mais frequentes e violentas, contra as covardias das forças de repressão: no dia 16/05, dezenas de trabalhadores informais fecharam a BR-101, em Pernambuco (PE), com uma barricada em chamas contra o recente assassinato de um ambulante em Pernambuco por um vigilante do metrô na estação Alto do Céu, no dia 05/05. 

Nos dias 10 e 13/05, camelôs do Brás e do Grajaú em São Paulo (SP) enfrentaram a repressão da Polícia Militar (PM), que tentava os impedir de trabalhar com cassetetes e bombas de gás. No Brás, cinco ônibus foram atacados pelos trabalhadores rebelados contra a repressão e no Grajaú um policial foi para o hospital com um soco no rosto.

Já no dia 09/05, em Copacabana (RJ), camelôs construíram uma barricada em chamas contra as covardias cotidianas promovidas pela Guarda Municipal (GM) do prefeito reacionário Eduardo Paes, entre roubo de mercadorias e de carroças, assim como agressões a camelôs. Naquela noite, uma camelô havia sido vítima de tentativa de atropelamento pela GM e outra desmaiou com spray de pimenta pulverizado por um guarda.

Nesses protestos e enfrentamentos, as massas lutam pelo seu direito à trabalhar, que é desde sempre negado pelos sucessivos governos de turno. Essas lutas  expressam a insatisfação total das massas contra o velho Estado e suas forças de repressão e apontam a novos embates populares por vir.

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