GO: Boicote à farsa eleitoral toma as ruas

GO: Boicote à farsa eleitoral toma as ruas

A bem-sucedida campanha de boicote à farsa eleitoral sacudiu o país em épocas de acirramento da luta de classes e pugna entre as classes dominantes. Apesar da polarização superficial dentro de um só programa do Partido Único, a rejeição das massas ao carcomido pleito eleitoral nunca foi tão grande. Foram aproximadamente 40 milhões, somados os votos nulos, brancos e abstenções.

Em Goiânia não foi diferente. Militantes de diferentes organizações e ativistas independentes conformaram um Comitê em torno das consignas Não vote, lute! e Nem eleição, nem intervenção militar! Revolução já! O Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral organizou atividades de panfletagens, debates, colagem de cartazes, reuniões de estudos e intervenções em diferentes espaços públicos, tais como assembleias de categoria e palestras nas universidades goianas.

No total foram distribuídos mais de 10 mil panfletos e foram realizados dois debates na Universidade Federal de Goiás. Também foram colados 200 cartazes tamanho A3 nos pontos de ônibus mais movimentados da cidade. As panfletagens foram feitas com faixas e intervenções em grandes terminais da cidade, praças principais e grandes feiras, como a Feira Hippie que recebe pessoas do Brasil inteiro, no restaurante universitário e nos pátios da Universidade.

Os transeuntes pegavam os panfletos e mal diziam às eleições, alguns recusavam o panfleto por suporem que este se referia a algum políticos, mas quando era anunciado o caráter do mesmo logo voltavam. Algumas pessoas aplaudiam e até pediam um punhado para panfletarem em outros locais. Na colagem de cartazes, as pessoas concordavam quando viam a ação. Um casal de trabalhadores pediu alguns para levar e colar em seu bairro.

As reuniões foram muito esclarecedoras e cumpriram o papel de superar a mera denúncia de que as eleições são uma farsa e mesmo de ficar somente na crítica genérica. O Comitê possibilitou o aprofundamento do caráter e do histórico das eleições sobre os míticos para a não participação no processo eleitoral.

Os debates foram importantes para difundir o entendimento da polarização superficial e, não em essência, entre a falsa esquerda e o fascismo, compreendendo que o fascismo no país já estava se gestando desde os governos Lula e Dilma/PT, ganhando espaço com o fracasso dos governos oportunistas que enlamearam a verdadeira esquerda, criando espaço para o anticomunismo visceral que contribuiu para arrastar parte das massas que estão sendo ludibriadas pela extrema direita. Ficou-se entendido que o fascismo aprofundou e agudizará ainda mais daqui para frente, embora seja inevitável sua derrocada na medida em que não responderá aos interesses das massas populares que engabela.

O comitê continuará suas atividades para o segundo turno, com o objetivo de defender e desfraldar, cada vez mais alto, a bandeira em defesa de uma Revolução Democrática, Agrária e Anti-imperialista, como única solução definitiva para as mazelas do povo brasileiro.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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