No dia 21 de outubro, a Polícia Militar (PM) realizou uma tentativa criminosa e ilegal de despejo de famílias camponesas do Acampamento Oziel Alves, em Catalão, estado de Goiás. Os militares, sem nenhuma notificação legal, invadiram o acampamento e com tratores iniciaram a destruição de casas. Os trabalhadores resistiram e expulsaram a PM, que diante da mobilização das massas, não pode fazer nada além de ameaçar retornar no outro dia.
Cerca de 35 famílias camponesas vivem no Acampamento Oziel Alves desde 2017, quando ocuparam o latifúndio conhecido como Fazenda João da Cruz.
O local foi arrecadado pelo Banco do Brasil após dívidas do antigo latifundiário e, em 2018, foi solicitado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para ser destinado à “reforma agrária”, porém em 2019 o banco interrompeu as negociações e em meio à pandemia colocou a área para leilão. Os camponeses fizeram um chamado ao apoio à luta pela terra e prometem resistir.
Camponeses resistem a despejo ilegal em benefício do Banco do Brasil. Foto: MST
PM destrói casas de famílias camponesas em despejo durante a pandemia. Foto: MST