Os servidores da educação Hugo Rincon e Cirlene Rocha foram afastados de suas funções no dia 2 de agosto como diretor e coordenadora, respectivamente, da Escola Municipal Professor Hilarindo Estevam de Souza, em Goiânia, por perseguição política da Secretaria Municipal de Educação e pelo Ministério Público.
O professor Hugo, que sempre se mostrou presente nas lutas pela educação da cidade de Goiânia, foi eleito democraticamente em 2018 para exercer as funções de diretor, pela confiança que os professores e assistentes têm ao reconhecer sua trajetória junto ao Simsed (Sindicato Municipal dos Servidores da Educação). Outro destaque para a escola que sofreu intervenção é a participação ativa da comunidade local na vida política da escola, mérito devido em grande parte à gestão afastada.
A Secretaria de Educação nomeou um interventor para assumir as funções da escola. A denúncia aceita pelo Ministério Público revela absurdos inverídicos e claramente uma difamação contra a imagem dos perseguidos. Na acusação consta a denúncia de uma suposta “perseguição implacável” do ex-diretor e da ex-coordenadora a uma simples criança durante 3 anos.
Além de serem acusações absurdas e sem o menor respaldo de outras professoras, é hipocrisia sem tamanho a Secretaria Municipal de Educação acusar qualquer professor de perseguição a alguém, visto que a própria, por diversas vezes, manda os chamados “apoios” (fiscais clandestinos da Secretaria) para observar e tolher as atividades das professoras e professores que participam das lutas em defesa da educação pública municipal.
Não é a primeira vez que o prefeito Íris Rezende e sua corja de secretários mostram suas atitudes fascistas contra os professores, como é o caso da violenta desocupação ocorrida em abril de 2017, onde a Guarda Civil Metropolitana bombardeou, torturou e causou lesões permanentes na reintegração de posse do então ocupado prédio da Secretaria.
O professor Hugo, a profissional Cirlene em conjunto com a categoria de professoras e professores e com a ajuda dos advogados populares irá exigir seus direitos. Aqueles que tomaram conhecimento do caso (como professores, estudantes, ativistas e comunidade local) afirmam solidariedade irrestrita a Hugo e a Cirlene, dado suas trajetórias de luta.