Trabalhadores da educação de Senador Canedo realizaram duas manifestações nos dias 28 e 29 de setembro. Os educadores protestam contra o corte súbito de R$ 500 do salário de professores do município e o aumento ilegal da sua carga horária. Uma professora da Associação Municipal dos Servidores da Educação de Senador Canedo (AMSESC) denunciou o autoritarismo da mudança na modulação dos professores que, “sem discussão e sem passar pelo Conselho Municipal de Educação”, ampliou de 20 horas para 25 horas semanais em sala de aula e mais 5 horas de planejamento fora de sala, sem o correspondente aumento no salário. A Associação também recorreu juridicamente a um mandado de segurança contra a mudança.
Os trabalhadores ocuparam a rodovia e entoaram palavras de ordem como Victor Pellozo [atual secretário de educação], seu ditador! Rasgue o diploma, você não é mais professor!, Não é mole não, tem dinheiro para ‘showzinho’ mas não tem para educação! e Educação na rua, prefeito a culpa é sua!. A categoria também manifestou indignação com as más condições das escolas e dos serviços públicos em geral, como a comida estragada na merenda e ventiladores que não funcionam.
Trabalhadores Administrativos de Goiânia reafirmam Greve
Junto aos profissionais de Senador Caiedo, trabalhadores de Goiânia também têm se mobilizado pelos seus direitos. Na manhã de 29 de setembro, a Educação da capital reafirmou em assembleia a decisão pela greve, aprovada no último dia 26/09. As trabalhadoras e trabalhadores administrativos lutam há meses pelo pagamento de 15% da data-base, equiparação do auxílio locomoção (atualmente R$ 300) com o valor pago aos professores (R$ 700) e pelo novo plano de carreira, pendente desde 2022.
Mais de mil pessoas compareceram na assembleia 29/09. Apesar do alto espírito de combatividade, so trabalhadores tiveram que aguardar por mais 1 hora o início da assembleia por conta de uma reunião da “representante sindical” com o prefeito. A reunião, contudo, deveria ter ocorrido três dias antes, de acordo com a própria representação. Ao final do encontro, a representante compareceu à assembleia de mãos vazias, sem proposta alguma da prefeitura. Revoltosos, os trabalhadores da Educação votaram mais uma vez pela greve. Da assembleia, um grupo organizado com faixas saiu em manifestação, bloqueando o trânsito da avenida Fued José Sebba.
A assembleia reafirmada no dia 29/09 foi aprovada em decisão unânime no dia 26/09, após meses de denúncias em audiência pública e protestos. O sindicato oficial de trabalhadores da educação no estado, Sintego, que se preconiza representante da educação também no município, foi obrigado a convocar a assembleia com indicativo de greve após ser confrontado pela categoria em uma “vigília” no dia 22/09. Naquela data, os trabalhadores haviam decidido convocar uma Assembleia independente.