Foto: Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)
Nos dias 11 e 12 de setembro, o prefeito da cidade de Aparecida de Goiânia, o reacionário Gustavo Mendanha (MDB), ordenou o despejo de cerca de 100 famílias da ocupação Alto da Boa Vista, localizada ao lado do cemitério municipal Jardim da Esperança, no setor Buenos Aires, em meio à pandemia do coronavírus. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) chegou ao local com várias viaturas e a retroescavadeira perto de 12h do dia 11. Os barracos levantados pelos moradores foram destruídos com móveis e até animais dentro e, segundo denúncias feitas em redes sociais, a GCM ainda tentou impedir a divulgação deste crime contra o povo.
Cerca de 300 pessoas, desempregadas e sem condições de pagar aluguel ou outro lugar para morar, resistiam na área há sete meses.
Foto: Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)
O advogado das famílias, Agnaldo Ramos, e o presidente da Associação Comercial de Mercado Público Popular Nacional (ACMPP), Silas José, que apoiam a ocupação, denunciaram que a ação aconteceu sem nem mesmo uma ordem judicial de “reintegração de posse”: o que houve foi um mandado administrativo da prefeitura de Aparecida de Goiânia, assinado por um procurador do município, Fábio Camargo, determinando o despejo covarde. Segundo o advogado, não houve, ainda, nenhum direito à defesa nem aviso do despejo, pois a defesa das famílias não recebeu notificação de resposta da prefeitura.
Até então, as famílias permanecem no local, pois a prefeitura de Aparecida não fez nenhum cadastro ou acompanhamento delas, como confirmou a Secretaria de Habitação e de Assistência Social.
Foto: Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)