GO: Trabalhadores em educação exigem seus direitos

GO: Trabalhadores em educação exigem seus direitos

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Centenas de trabalhadores marcharam até a Secretaria Municipal de Educação de Goiânia no dia 05 de março.

Trabalhadores em educação da rede municipal realizaram uma grande paralisação e uma vigorosa assembleia na cidade de Aparecida de Goiânia no dia 14 de março. A mobilização, que contou com a participação de mais de 500 pessoas, é a terceira promovida desde o início do mês por profissionais da educação municipais no estado de Goiás. As duas anteriores ocorreram na capital Goiânia quando os professores abriram o ano de lutas em defesa da educação e pelo pagamento do adicional de 30% no salário que está atrasado há 9 meses.

O pagamento do complemento salarial reivindicado é uma conquista resultado da massiva greve de 2015 e cumpre a função de corrigir os salários dos profissionais há muito defasados.

Estiveram presentes em Aparecida servidores de 66 instituições, representando 72% do total de escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) da cidade. Auxiliares de serviços diversos, merendeiros, agentes educacionais, agentes de apoio (libras/baile), bibliotecários e professores, se reuniram para reivindicar os direitos que não estão sendo cumpridos pelo gerente municipal Gustavo Mendanha/PMDB.

A assembleia foi mobilizada pelo Comando de Lutas da Educação de Aparecida de Goiânia, organização independente dos professores da região que rompeu relações com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (SINTEGO), entidade filiada à CUT e corporativizada pelo oportunismo eleitoreiro, segundo afirmam os trabalhadores da categoria.

 

Assembleia com paralisação em Aparecida de Goiânia

Luta por direitos no Dia Internacional da Mulher Trabalhadora

Mais de 400 trabalhadores e trabalhadoras de instituições de ensino da rede municipal de Goiânia se reuniram em uma paralisação que mobilizou cerca de 200 escolas e amplos setores da categoria no dia 8 de março. Além de professores, auxiliares de atividades educativas e de setores administrativos tomaram parte na manifestação realizada na capital do estado.

No mesmo dia, uma assembleia convocada pelo SIMSED (Sindicado Municipal dos Servidores da Educação) – entidade que tem atuado independente de partidos eleitoreiros e centrais corporativizadas – definiu novas ações e a continuidade da mobilização da categoria.

Ao final da assembleia os trabalhadores marcharam em protesto até Ministério Público para exigir o cumprimento e a garantia de seus direitos.

Segundo afirmam os professores “há varios anos o SIMSED tem demonstrado sua combatividade e seu compromisso com as categorias da educação de Goiânia, promovendo paralisações, greves, ocupações e manifestações, em oposição do sindicato oportunista SINTEGO, que desmobiliza a luta e incrimina professoras e professores combativos.”

Conforme publicado na edição 119 de AND, o histórico de atuação do SINTEGO durante a greve da educação de 2013 foi amplamente denunciado pela base da categoria, como fica marcado na fala do professor da rede municipal que integrou o Comando de Greve daquele ano: “O Sintego tem atuado de maneira a sabotar a greve, afirmando que é ilegal e ilegítima. Eles têm atuado abertamente ao lado da prefeitura. Mas o sindicato está sendo desmascarado pela categoria. Eles são rejeitados pela base e não participam em nenhuma ação da greve.”

 

Assembleia do SIMSED no dia da Internacional da Mulher Trabalhadora

Massivas mobilizações ocorrem desde o início de março

Dois dias antes do ato em homenagem à luta internacional das mulheres trabalhadoras, os profissionais de 150 instituições de ensino de Goiânia já haviam paralisado suas atividades por 24 horas e realizado uma grande assembleia na porta da Secretaria Municipal de Educação (SME).

Na ocasião os professores denunciaram a situação de caos que vive há muito tempo a educação em Goiânia, com baixo quantitativo de profissionais, falta de investimento nas escolas, direitos garantidos atrasados, salas de aulas lotadas, repressão brutal a qualquer manifestação contrária a gestão, plano de saúde precarizado, falta de segurança, dentre muitos outros problemas.

Também expuseram os inúmeros ataques que o gerente municipal Íris Rezende/PMDB vem empreendendo contra os trabalhadores em educação, sendo um dos mais absurdos a disparidade no pagamento de salários para a categoria.

“Os antigos auxiliares da educação recebem 30% de adicional enquanto os novos, que cumprem a mesma função, não recebem”, criticam os trabalhadores, que exigem a paridade na remuneração com o pagamento dos adicionais para todos os auxiliares.

Os professores denunciaram ainda que, apesar da massiva mobilização e agitação em frente à SME, nem o secretário municipal de educação, Marcelo Costa, nem o gerente municipal cederam às justas demandas da categoria. E declararam que frente os desmandos do “governo” continuarão na luta até que suas reivindicações sejam atendidas.

A próxima assembleia dos trabalhadores da educação de Aparecida de Goiânia está marcada para o dia 3 de abril com indicativo de greve.

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