Foto ilustrativa
O ano de 2019 começou com cortes orçamentários na Universidade Estadual de Goiás (UEG). O “governo” de Caiado ainda não pagou o salário de dezembro dos professores da universidade, assim como o salário dos trabalhadores em educação das escolas estaduais.
Segundo o movimento “UEG em movimento”, que reúne estudantes, técnico-administrativos e professores em uma luta unificada, eles lutam por pagamento referente ao mês de dezembro de 2018 para os docentes e técnicos, além das bolsas estudantis em atraso; exigem a destinação de 5% da receita líquida do estado somente para a UEG; a ampliação imediata das vagas para docentes do quadro efetivo com titulação de mestres, doutores e pós-doutores, assim como melhorias na estrutura. Atualmente, a universidade recebe 1,2% do que é arrecadado pelo estado. A volta às aulas só vai acontecer quando as pautas forem atendidas.
Para piorar, como já foi denunciado pelo Comando de Luta de Aparecida de Goiânia e pelo Sindicato Municipal dos Servidores em Educação de Goiânia (SIMSED), o Sindicado dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) tem tido posições extremamente oportunistas. Houve um momento em que o Sintego (ou ‘Sintrego’, como é chamado popularmente pela categoria, em razão da sua posição omissa, vendida e comprada) foi escarniado pela imprensa de Goiás, que denunciou que o sindicato estava com a mesma posição do governo.
Enquanto isso, ninguém sabe se o pagamento de dezembro virá. Como informa o mesmo veículo de imprensa, a liberação da folha foi adiada por Caiado; ou seja, mais tempo para os servidores estaduais receberem o salário de dezembro.
Esse latifundiário já nomeou uma dezena de parentes para o seu governo, reproduzindo mais uma vez as políticas semifeudais de um país com capitalismo burocrático agonizante, como denunciou muito bem o jornal Opção. O que esperar de um governador que dá privilégios para seus parentes e faz festas estrondosas com servidores em greve?
A mesma politicagem bandida roubando os mínimos direitos do nosso povo. A UEG tem mais de 42 campi instalados por todo o estado, ajudando a formar dezenas de filhos de nosso povo, já que grande parte delas se encontra no interior, locais mais esquecidos pelo velho Estado. E são esses mesmos filhos do povo que estão se levantando contra os ataques à educação da nova ingerência. Ao contrário do que alguns afirmam, Caiado não tem contradição antagônica alguma com o governo de Marconi; pelo contrário, é sua continuação. E aprofundará ainda mais o corte de direito para a população goiana, na qual, como exemplo prático, podemos ver o pacote de maldades que a Secretaria de Educação de Aparecida de Goiânia quis enfiar na garganta dos servidores da educação municipal.
Dezenas de campi já entraram em greve, e outros aprovaram indicativo de greve. A dor de cabeça da nova ingerência de Goiás está apenas começando. Onde há opressão, há resistência!
Defender a universidade pública, gratuita, democrática, autônoma e a serviço do povo com unhas e dentes!
Para barrar a precarização, greve geral, greve geral na educação!
Abaixo o governo anti-povo de Caiado e sua quadrilha!