‘Golpe tem que ter um líder, pessoas estimulando, apoio das Forças Armadas’, diz Hugo Motta sobre 8/1

A afirmação de Hugo Motta é um aceno ao bolsonarismo. O que o presidente da Câmara quer é negar que houve sérias preparações e agitações para um golpe de Estado no Brasil, planejadas e aplicadas por um núcleo-duro militarizado que articulou a trama. Apesar do golpe não ter se consumado.
Hugo Motta (Republicanos-PB) - Pedro Ladeira/Folhapress

‘Golpe tem que ter um líder, pessoas estimulando, apoio das Forças Armadas’, diz Hugo Motta sobre 8/1

A afirmação de Hugo Motta é um aceno ao bolsonarismo. O que o presidente da Câmara quer é negar que houve sérias preparações e agitações para um golpe de Estado no Brasil, planejadas e aplicadas por um núcleo-duro militarizado que articulou a trama. Apesar do golpe não ter se consumado.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse no dia 7 de fevereiro que a bolsonarada do 8 de janeiro não foi golpe de Estado e criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) pelas penas impostas aos galinhas verdes.

“O que aconteceu não pode ser admitido que aconteça novamente. Foi uma agressão às instituições, uma agressão inimaginável, ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer”, disse Motta, em entrevista à Rádio Paraíba.

“Agora querer dizer que foi um golpe. Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”.

Ele disse também que há um “certo desequilíbrio” nas penas impostas pelo STF aos bolsonaristas que participaram do 8/1.

A afirmação de Hugo Motta é um aceno ao bolsonarismo. O que o presidente da Câmara quer é negar que houve sérias preparações e agitações para um golpe de Estado no Brasil, planejadas e aplicadas por um núcleo duro militarizado que articulou a trama. Apesar de o golpe não ter se consumado.

As investigações já provaram que o 8/1 foi um capítulo da série de agitações bolsonaristas para causar distúrbios no País e justificar a intervenção das Forças Armadas reacionárias para consumar o golpe de Estado.

Por trás dessas agitações estavam desde latifundiários e grandes burgueses até o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-candidato a vice-presidente general Braga Netto e uma série de militares da reserva e da ativa, em sua maioria com passagem nas Forças Especiais (os kids preto).

Motta pretende, também, deixar caminho aberto para uma possível anistia aos galinhas verdes e mesmo a Bolsonaro. “Não posso dizer que vou pautar semana que vem ou que não vou pautar de jeito nenhum. É um tema que estamos digerindo, conversando, porque o diálogo tem que ser constante.”, disse Motta, na entrevista.

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