Em meio a ofensiva dos setores democráticos no estado do Amazonas, que representam uma posição claramente pró Palestina, o Governador do estado, Wilson Lima (União), firmou ainda no final de junho, um acordo de cooperação com o Estado sionista de Israel, consagrando seu nome enquanto um colaborador do genocídio palestino.
O acordo se deu juntamente ao embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, a partir da criação de grupos de trabalho que desenvolverão projetos nas áreas agrícolas, hídricas, saneamento, ciência e tecnologia, e, sobretudo, “segurança pública”. Na região, também estavam presentes o cônsul honorário de Israel em Manaus, o empresário Jaime Samuel Benchimol, e o presidente do Comitê Israelita do Amazonas, Sérgio Band.
Daqui, para além de fortalecer um apelo político para o Estado genocida de Israel na região, especialistas esperam também um aumento da repressão política, a partir das tecnologias militares desenvolvidas pelo sionismo que vem sendo usadas para reprimir a população.
Em nota, o presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil, Ualid Rabah, repreende o governador do Amazonas. Segundo ele, em declaração ao portal Panorama Real:
“É incrível que o governador Wilson Lima queira apoiar Israel neste intento. Todos os países do mundo condenam o que acontece na Palestina, que é um genocídio. O governador do Amazonas está manchando as suas mãos de sangue das inocentes crianças e mulheres palestinas assassinadas por Israel. Wilson Lima mancha, também, as mãos de sangue do povo amazonense ao desperdiçar o dinheiro, a energia, a inteligência e a decência do povo do Amazonas. É inadmissível e devemos repudiar essa atitude do governador do Amazonas”
Esse episódio demonstra mais um capítulo da atitude dócil e submissa que o governo de Wilson Lima busca adotar perante o imperialismo ianque. Tendo recentemente ido aos USA fazer lobby entre políticos americanos para tentar criar um consulado ianque na capital amazonense.
Articulação se dá em meio a ofensiva pró Palestina em Manaus
A posição da população amazonense pró Palestina, sobretudo, dos estudantes democráticos, tem se mostrado mesmo antes dos acontecimentos de 07 de Outubro de 2023. A ofensiva estudantil se iniciou de maneira clara quando, ainda em agosto de 2023, os estudantes da UFAM e da UEA expulsaram o agitador sionista André Lajst de suas universidades – tendo o reacionário que ser escoltado por Policiais Federais armados de fuzil para se refugiar da fúria dos estudantes.
Com a contraofensiva da Tempestade em Al-Aqsa, a população manauara como um todo, a comunidade árabe local e os estudantes democráticos organizaram ao menos 4 grandes manifestações no centro da cidade, onde reuniram centenas de bandeiras palestinas nos principais pontos turísticos da capital.
Foram organizados também 3 grandes eventos, contando com palestrantes internacionais como o próprio Ualid Rabah e o jornalista judeu Breno Altman. Ambos os eventos lotaram os auditórios com ouvintes de dentro e de fora das universidades, mobilizando desde movimentos camponeses locais até sindicatos de grande importância na cidade.
É então, após essas sucessivas derrotas políticas que os focos sionistas locais se articulam dentre o que há de pior e mais podre na política amazonense, o reacionário de desmoralizado governador do estado, que vem demonstrando sua total e completa submissão ao imperialismo.
