Governo do Paraná planeja fechar 28 instituições de educação pública

O reacionário governador do Paraná, Ratinho Jr., e o privatista secretário estadual de Educação, Roni Miranda, planejam o fechamento de 28 instituições de ensino público em 2025, impactando milhares de jovens e adultos pobres no campo e na cidade.
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Governo do Paraná planeja fechar 28 instituições de educação pública

O reacionário governador do Paraná, Ratinho Jr., e o privatista secretário estadual de Educação, Roni Miranda, planejam o fechamento de 28 instituições de ensino público em 2025, impactando milhares de jovens e adultos pobres no campo e na cidade.

No dia 9 de janeiro, o sindicato dos professores da rede estadual de educação, divulgou uma lista com 28 instituições públicas que estariam na mira do governo para serem fechadas. A lista inclui 12 Centros Estaduais de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA), 11 Escolas do Campo e 5 colégios estaduais tradicionais.

As instituições listadas estão distribuídas por 27 municípios do Paraná, abrangendo 16 Núcleos Regionais de Educação (NREs). O Núcleo da Área Metropolitana Sul é o mais prejudicado, com o fechamento de quatro CEEBJAs. Além disso, os NREs de Assis Chateaubriand, Cornélio Procópio, Laranjeiras do Sul e Toledo perderão três instituições cada.

Segundo informações de jornalistas independentes, o governo justifica o fechamento com base na baixa matrícula das instituições. No entanto, a secretária executiva educacional do APP-Sindicato denuncia que a verdadeira intenção seria reduzir investimentos para viabilizar um projeto de caráter neoliberal, favorecendo a privatização do ensino público.

A proposta prevê que os prédios das instituições fechadas fiquem disponíveis para “novos arranjos administrativos”, podendo ser cedidos ou vendidos para outras entidades ou órgãos públicos, após aprovação da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Essa perspectiva reforça as críticas de que o plano está alinhado com parcerias público-privadas, consolidando a diminuição do papel do estado na educação.

Os impactos do fechamento são graves. Para jovens do campo, muitos terão que percorrer até 40 quilômetros para estudar, enquanto adultos que não concluíram o ensino básico ou médio no período regular ficarão sem opções acessíveis para retomar os estudos.

Essa decisão também ameaça agravar os índices de analfabetismo no estado, que já são preocupantes. De acordo com o Censo Demográfico de 2022 do IBGE, o Paraná possui uma taxa de analfabetismo de 4,3%, a mais alta da região Sul. Para comparação, o Rio Grande do Sul registra 3,11%, e Santa Catarina, 2,67%.

A medida coloca em xeque a educação pública para jovens e adultos, principalmente pobres, no campo e na cidade, e faz parte do processo de desmantelamento do ensino de jovens e adultos e das escolas do campo. 

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