O estado de sítio implementado no Rio de Janeiro para a Cúpula do G20 será revisado e intensificado depois da noite de explosões nas redondezas da Praça dos Três Poderes, segundo informações de auxiliares presidenciais veiculadas na imprensa monopolista.
Atualmente, a cidade já conta com atuação das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, do Exército reacionário brasileiro, Grupo de Resposta Rápida (GRR) da Polícia Rodoviária Federal, Comando de Operações Táticas (COT) e Grupo de Pronta Intervenção (GPI, ambos da Polícia Federal (PF) e Força Nacional. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a PF são responsáveis pela inteligência.
Além disso, uma operação de Garantia da Lei da Ordem (GLO) decretada pelo governo começa hoje (14/11) e vai até o dia 21/11.
Ao todo, serão cerca de 20 mil agentes de 9 órgãos e 8 centros de inteligência interligados.
Explosões na Praça dos Três Poderes
A tendência, após o ataque nos arredores da Praça dos Três Poderes, é que o aparato de repressão seja fortalecido, inclusive por pressão dos próprios imperialistas e reacionários que participarão da Cúpula.
As explosões ocorreram na noite do dia 13/11, quando o chaveiro Francisco Wanderley Luiz se aproximou dos prédios da praça com dispositivos explosivos.
Um carro com fogos de artifícios foi explodido nas imediações dos prédios, enquanto Francisco disparou um explosivo contra a estátua da Justiça, em frente ao STF, e depois deitou sobre outro dispositivo.
O corpo do homem, que foi morto pelos próprios explosivos, ainda está nas imediações da praça.
Protestos no G20
O que não foi esclarecido é como as forças de repressão vão lidar com os protestos marcados para ocorrer durante a Cúpula do G20 ou nos dias anteriores.
Na sexta-feira (15/11), várias categorias vão protestar pelo fim da escala 6×1, como parte de um protesto nacional. Outro protesto está marcado para o dia 16/11. E no dia 18/11, primeiro dia oficial do G20, entidades e organizações anti-imperialistas vão às ruas para participar de uma manifestação pró-Palestina.
Dado o histórico das forças de repressão que estarão atuando nas ruas do Rio de Janeiro e o caráter “anti-distúrbios” da GLO, é provável que haja um verdadeiro cerco policial aos protestos.