Tanques ianques no Kuwait bombardeiam Iraque em 1991
Reproduzimos matéria produzida em AND nº 81, setembro de 2011, à época por ocasião dos 10 anos da grande maquinação do 11 de setembro que reimpulsionou a guerra de rapina contra as nações oprimidas, sobretudo do chamado Oriente Médio Ampliado, sob a fachada de “guerra ao terrorismo”.
Há dez anos, o USA sofria o segundo (o primeiro foi Pearl Harbor no Havaí pelos japoneses) ataque da história em seu território, a explosão dos aviões contra as torres gêmeas do World Trade Center e o Pentágono no dia 11 de setembro de 2001.
A partir dessa data, os mais sinistros planos do imperialismo ianque foram postos em prática, agravando formidavelmente as contradições fundamentais que regem o atual período histórico. Notadamente a contradição que opõe países e povos dominados aos países imperialistas, que opõe a superpotência ianque às demais potências imperialistas na luta pela repartilha do mundo e a que opõe proletariado à burguesia.
Por se tratar de um período muito rico em acontecimentos que demonstram a tendência inevitável do imperialismo para o naufrágio, dado seu caráter monopolista, parasitário e em decomposição, e principalmente agonizante, como bem definiu Lenin, AND publicará uma série de três artigos abrangendo esses últimos dez anos.
Este primeiro artigo aborda tão somente os antecedentes e as circunstâncias históricas nas quais os acontecimentos de 11 de setembro de 2001 estão situados.
Crise geral dos monopólios
Quando hoje o monopólio da imprensa trata das sucessivas crises financeiras globais, faz de tudo para esconder que elas são parte de uma profunda crise geral de superprodução relativa do capitalismo, daquelas crises cíclicas das quais os monopólios só têm conseguido sair impondo massiva e apocalíptica destruição de mercadorias e forças produtivas, através de grandes guerras que redefinem suas áreas de domínio e influência.
Passado o período de relativo desenvolvimento proporcionado pela reconstrução da Europa e do Japão arrasados pela II Grande Guerra Imperialista e da “Guerra Espacial” e corrida armamentista conduzidas pela estratégia da Guerra Fria (ver box), a economia capitalista passa a padecer, na década de 1970, de nova crise geral cujas manifestações mais evidentes são as explosões de bolhas financeiras em períodos cada vez mais curtos, sendo a última a que envolveu a “crise da dívida” ianque em julho deste ano, e a bancarrota de economias europeias menos protegidas.
Dados revelam que, de 1973 a 2000, a taxa média de crescimento do PIB das cinco maiores economias mundiais – EUA, Japão, Alemanha, França e Grã-Bretanha – foi de 2,5%, portanto, inferior à taxa média de 2,7% do conjunto dos países nos dois últimos séculos.
Na base dessa virtual estagnação econômica, cujo epicentro é o USA, encontra-se a supremacia cada vez maior do capital especulativo, a concentração e monopolização crescente de economias nacionais inteiras e a superprodução de certas mercadorias, enquanto mais de um bilhão de pessoas no mundo padecem da fome extrema.
Premidos pela crise e necessitando manter o lucro máximo de seus monopólios, os Estados imperialistas se vêem obrigados a aplicar internamente o que se convencionou chamar nas semicolônias “desregulamentação” e “flexibilização” das leis trabalhistas e apressar o fim do “Estado de bem estar social” onde ele ainda existia. O crescimento do desemprego é constante e sistemático, o corte dos programas sociais também concorre para o empobrecimento crescente de vastas camadas da população trabalhadora. O USA acumulava, em 2001, mais de 60 milhões de pobres, enquanto que na União Europeia eles eram 50 milhões.
A exploração das semicolônias atinge um grau extremo. A dívida externa dos países do chamado “Terceiro Mundo” é multiplicada por trinta de meados da década de 1970 até 2000. A recessão continuada, a quebradeira generalizada, a desnacionalização completa de suas economias, desemprego massivo de dezenas de milhões, fome, miséria, doenças, delinquência e guerras são o resultado da aplicação do receituário dos organismos internacionais do imperialismo, como FMI, BIRD, OMC, etc.
Uma nova estratégia ianque
Em meados da década de 1970, com o governo da URSS social-imperialista (1) assumindo cada vez mais abertamente alianças e acordos com o imperialismo e principalmente com a restauração capitalista na China (2) em 1976, após a morte de Mao Tsetung, começa a se delinear a quinta e atual estratégia do imperialismo ianque, a “Nova Ordem Mundial”, a partir da “unificação” alemã em 1989 e da desagregação do Estado social-imperialista russo em 1991. Ainda imerso em profunda crise, o imperialismo lança os conceitos de “globalização”, “fim da história”, e agita mais que nunca as bandeiras dos “direitos humanos” em oposição aos direitos do povo, e da “ecologia” e “ambientalismo” contra a luta de classes. O inimigo passa a ser enquadrado nas categorias de “combate ao narcotráfico” e “guerra ao terrorismo”, esse após o 11 de setembro.
Guerras sobre guerras
Já tentando conjurar a crise colossal dos monopólios, o imperialismo em geral se lança em guerras pelo domínio total de matérias-primas na África e Oriente Médio, além de disputas pelos despojos do social-imperialismo russo no Leste europeu. Assim, os imperialistas provocaram guerras na Somália e em Ruanda, por exemplo, os ianques promoveram aquela que seria a primeira Guerra do Golfo, em 1991, e a antiga Iugoslávia foi retalhada e atirada numa conflagração entre o fogo cruzado da OTAN e os interesses da Rússia (que recuperou-se gradual e relativamente de sua débâcle e manteve sua condição de superpotência militar-nuclear) nas guerras da Bósnia (1992-1995) e do Kosovo (1999).
Os alicerces estalam
Porém, com a crise impossibilitando a acomodação os interesses das potências, a contradição interimperialista seguiu se agravando, e a suas manifestações assumiram intervalos cada vez menores.
Em 1985, ocorre o escândalo do setor de poupança e empréstimos do USA, na qual o Estado ianque gastou cerca de US$ 150 bilhões na operação de salvamento de pequenos bancos que, em seguida, foram comprados pelos grandes grupos financeiros.
A crise financeira mundial que se iniciou na Ásia em 1997 se agravou em 1998 com o colapso de grandes fundos de investimento de alto risco (semelhante à de 2007-8), quando a Rússia não honrou com os pagamentos e houve uma fuga dos capitais especulativos para outros papeis.
Em 2000, se destampa a “crise das pontocom”, empresas de internet e telecomunicações, principalmente, que ocasionou o fechamento de mais de 5 mil companhias. Somem-se as descobertas de fraudes em balanços de gigantes como a Enron e outros. O governo ianque novamente interveio e derrubou a taxa de juros de 6,25% para 1% ao longo de 2000/2001.
O mundo todo estagnava ou entrava em recessão. A crise desbordava. Para o imperialismo, era preciso fazer algo.
A “democracia americana”
A iminência de um colapso total na economia ianque, com consequências para a economia global, fez com que os altos círculos do imperialismo se movimentassem para violar a tão propalada “democracia americana” e declarar vencedor nas eleições fraudulentas de 2000 o George W. Bush, que havia recebido 500 mil votos a menos que seu rival, Al Gore.
Ainda em 2000, os documentos de Santa Fé IV, elaborado pelos ideólogos a serviço dos chamados “falcões” do complexo indústria bélico e petrolífero. deixam claro de que Bush era o preferido do establishment para assumir a chefia do Estado ianque numa situação de grave crise dos monopólios.
Enfatizava o documento que “O ‘esvaziamento’ da capacidade militar norte-americana tem sofrido um processo gradual de redução/enfraquecimento. (…) A administração Clinton, com sua tendência antimilitarista, conseguiu o que nossos inimigos mais abertos fracassaram em fazer. O Exército está espalhado por todo o mundo, em missões que, no melhor dos casos, são marginais. (…) A cultura/ética militar tem sido desgastada pela ênfase em manter a paz e proteger a força, pela engenharia social e por uma perda de confiança das tropas nos civis experimentados e na liderança militar.(…) Os Estados Unidos estão em uma encosta escorregadia que aponta à pilha de cinzas da história.(…) A história e nossos netos nos julgarão duramente se isto não se reverter.”
Estava feita a declaração de guerra aos povos do mundo, mas era preciso um fato estarrecedor para unir grande parte da opinião pública nacional e internacional em torno dela e colocar em movimento a mais colossal máquina de matar já criada no mundo.
Esse é o contexto dos acontecimentos de 11 de setembro de 2001. Eles foram o pretexto de que precisava o imperialismo ianque para pôr em prática um ajuste em sua 5ª estratégia de dominação sobre os povos, a da “Nova Ordem Mundial” declarada por Bush pai, com a “Guerra ao Terror”.
As estratégias de dominação do imperialismo ianque
1ª – Doutrina Monroe, ou “A América para os americanos” (1823-1898): Marca a ofensiva de invasões, guerras e ocupações de territórios do México, Nicarágua e culmina com a anexação do Havaí em 1898. A resistência dos povos agredidos conduziu à:
2ª –Big Stick, o Grande Porrete (1898-1933): agravamento da 1ª estratégia, conduziu à invasão e ocuação de inúmeros países na América Latina, como Cuba, Haiti, República Dominicana e novamente a Nicarágua, além de desmembrar a Colômbia para a construção do Canal do Panamá.
3ª – Política da Boa Vizinhança (1933-1945): Com a brutal crise econômica marcada pelo ‘crack’ de 1929, o imperialismo ianque passa a preconizar, através do então presidente, Franklin D. Roosevelt, uma estratégia mais “amena” do ponto de vista militar, mas ofensiva ideológica e economicamente. O fim da II Grande Guerra imperialista, entretanto, marcará a retomada das intervenções com a:
4ª – Guerra Fria (1945-1990): Ao fim da II Guerra Mundial, com o equilíbrio de forças entre socialismo e imperialismo, os imperialistas, já sob hegemonia completa dos ianques, estabelecem uma nova estratégia que perdurou por quatro décadas conhecida como “Guerra Fria”. Nesse período, o USA provocou a Guerra na Coréia, secundou os colonialistas franceses escorraçados em Dien Bien Fu, 1954, ocupando paulatinamente o sul do Vietnã, Camboja e Laos, sustentou o fantoche e fascista Estado de Israel, sustentou o regime do Apartheid na África do Sul e interveio em outros do continente africano, como Congo e a fomentou a contrarrevolução nos países que recém haviam conquistado sua independência. Particularmente para América Latina, estabeleceu a “Aliança para o Progresso (1961-1969)”, com a qual aprofundou sua dominação semicolonial sobre a região, através de golpes militares, intervenções e estabelecimento de regimes militares fascistas. Realizou toda sorte de provocações contra Cuba e em pugna com a URSS social-imperialista criaram a “Crise dos Mísseis” naquele país. Em meados da década de 1970, a política de”Direitos Humanos”, de Carter, trata de remover os militares da administração dos países, encerrando um ciclo de regimes militares nos países latino-americanos. Nos anos de 1980, com Reagan fomentou a contrarrevolução em toda América Central e logo, correspondendo esta reestruturação do bloco de poder das classes dominantes locais com a reestruturação mundial do capitalismo, desatou a onda de “neoliberalismo” e da “Globalização” com a conformação de grandes blocos econômicos.
5ª – Nova Ordem Mundial (1991): Terminada a “Guerra Fria”, com o fim da União Soviética, é anunciada por Bush (pai) a “Nova Ordem Mundial”. A 5ª Estratégia do imperialismo ianque partiu da sua convergência com a”Perestroifka”de Gorbachov e o Vaticano com o Papa João Paulo II, numa ofensiva contrarrevolucionária de caráter geral, decretando o”Fim do Comunismo”e o “Fim da História”. É nesta quinta estratégia que agrava-se a crise do capitalismo mundial, aprofundam-se as contradições entre as grandes potências e que o liberalismo, tão exaltado nos anos anteriores, é substituído pela prática de delimitação de territórios cativos com a cobertura jurídica de tratados de verdadeira anexação. Esses tratados têm recebido nome de áreas de livre comércio.
Notas
1 – Com o XX Congresso do PCUS em 1956, sob a direção de Nikita Kruschov, tem início a restauração capitalista na URSS. O fim do socialismo conduziu à degeneração do Estado socialista, se transformando internamente num regime de tipo fascista e na política externa conduzindo ao imperialismo. O social-imperialismo é o socialismo em palavras e imperialismo de fato.
2 – Em 1976, após a morte de Mao Tsetung, os dirigentes revisionistas do Partido Comunista traem a revolução e desencadeiam uma onda negra de perseguições aos defensores do pensamento Mao Tsetung (como era denominado o maoísmo à época) e dão início à restauração do capitalismo na China. De forma geral, a restauração capitalista na China se fez na forma de um capitalismo de tipo burocrático, sob um regime político de corte fascista e que no plano internacional desenvolve suas ações sob o prisma de grande potência hegemônica, através do conluio e pugnas com as demais potências imperialistas.
Parte 2
Na manhã do dia 11 de setembro de 2001 o mundo assistiu estarrecido ao ataque dos símbolos do poderio econômico, militar e político do USA.
Às 8h46min o primeiro avião foi lançado contra a torre norte do World Trade Center, que desabaria 102 minutos depois num movimento que denota uma implosão controlada. Às 9h03min a torre sul é atingida, desabando 52 minutos depois da mesma maneira. Os demais edifícios do complexo do WTC também desabaram da mesma maneira, mesmo não tendo sido atingidos.
Um terceiro avião chegou a colidir com um dos lados do Pentágono às 9h37min, mas com exceção de algumas poucas e confusas imagens, não foram revelados detalhes sobre o ataque. Uma quarta aeronave sequestrada cai às 10h03min em Shanksville, na Pensilvânia.
Estima-se em 2.996 os mortos, entre supostos sequestradores, passageiros e tripulações dos aviões, pessoas que estavam no Pentágono e no WTC no momento das colisões e do desmoronamento e bombeiros que resgatavam as vítimas do incêndio.
Estava consumado o fato que seria usado pelo imperialismo ianque para justificar toda a política de agressões, saqueio e rapina contra as semicolônias, principalmente no Oriente Médio e Ásia Central.
Imediatamente os atentados foram atribuídos a terroristas islâmicos, notadamente à organização Al Qaeda, liderada pelo saudita Osama Bin Laden, que estaria escondido no Afeganistão. O conselho da Otan declarou os ataques ao USA como ataques a todos os países membros e procedeu-se aos últimos arranjos militares. Rufavam os tambores da guerra.
Seguiram-se os pronunciamentos de George W. Bush, então figura de proa dos monopólios ianques, anunciando sua “Guerra ao terror” e ao “Eixo do mal”, termos que passaram a balizar a estratégia da “Nova Ordem Mundial” do imperialismo ianque.
Com os acontecimentos de 11 de setembro, Bush ainda conseguiu reverter uma forte queda na sua popularidade desde sua eleição fraudulenta, e logrou coagular ao redor dos interesses dos monopólios ianques a maioria da opinião pública, condição utilizada para colocar em marcha a “Guerra ao terror” sem grandes contestações. Forjou ainda a expressão binária que daria o tom das relações internacionais: “Ou se está com o USA ou com o terrorismo”.
Apenas 26 dias após 11 de setembro, em 7 de outubro, o Afeganistão foi invadido pela Otan-USA na operação designada “liberdade duradoura” (o nome inicial era “justiça infinita”, ver box), à revelia da ONU, que nada mais é que o balcão de negócios das potências imperialistas. O objetivo declarado era caçar Bin Laden e a Al Qaeda e derrubar o regime dos talibãs, que supostamente apoiava a organização terrorista. Seguiu-se intensa contrapropaganda visando demonizar o regime talibã e conquistar opinião pública favorável à invasão.
De como se passaram os acontecimentos é fato que os planos de invasão do Afeganistão já estavam prontos desde antes do dia 11 de setembro. Sobejam provas de que os ataques eram conhecidos pela alta cúpula do governo ianque e era exatamente de algo dessas proporções que eles precisavam para justificar o ajuste de sua estratégia.
Ato Patriota é completo estado de exceção
Em 26 de outubro de 2001, Bush filho tornou lei um projeto aprovado no Congresso ianque chamado USA PATRIOT Act. Trata-se de um acrônimo que significa Uniting and strengthening America by providing appropriate tools required to intercept and obstruct terrorism act (Ato de unir e fortalecer a América providenciando ferramentas apropriadas necessárias para interceptar e obstruir o terrorismo).
Segundo o “Ato Patriótico”, como ficou conhecido em português, a população estadunidense ficaria a partir de então sujeita a invasão de domicílios, espionagem, interrogatórios e tortura de suspeitos de terrorismo, sem direito a defesa ou julgamento. Generalizaram-se os grampos telefônicos e o monitoramento do uso da internet. O FBI ampliou seus poderes que já eram discricionários, sendo autorizado a vistoriar uma casa enquanto os residentes estivessem fora, coisa que já praticava mesmo sem autorização oficial.
O Patriot Act promoveu uma nova caça às bruxas no USA, a exemplo do macartismo nos anos de 1950, substituindo os inimigos comunistas pelos terroristas, e vigora até hoje, praticamente suprimindo os tão incensados “direitos civis” na “maior democracia do mundo”.
A sinistra Doutrina Bush
Prosseguindo na sanha de se posicionar com vantagem ante as demais potências imperialistas para uma nova partilha do mundo e também para jogar mais para adiante o desfecho da colossal crise econômica, a administração de Bush filho publicaria, em 20 de setembro de 2002, um documento chamado “Estratégia de segurança nacional do USA”.
“O documento é uma declaração de guerra aos povos. É o Império vociferando. É o rosto monstruoso do fascismo se revelando. Proclama-se acima de todas as nações e povos do mundo, outorga-se o direito de atacar unilateralmente todos que se oponham aos seus ditames, ameaça as demais potências imperialistas, não reconhece qualquer vestígio de soberania aos países e povos oprimidos” (AND nº 4, novembro de 2002).
A seguir, pequenos trechos da “Doutrina Bush”. Aqui se vê claramente quais são os desígnios do imperialismo e a arrogância imperial:
“Para conseguir nossos objetivos, nosso primeiro imperativo é explicar claramente qual é nossa posição: Os Estados Unidos devem defender a liberdade e a justiça porque estes princípios são justos e verdadeiros para as pessoas em todas as partes. Nenhuma nação é dona destes sonhos, e nenhuma nação está isenta deles.
Como resultado, os Estados Unidos não são somente uma sociedade mais forte, senão uma sociedade mais livre e mais justa (…).
Nos fizeram a guerra com sigilo, o engano e a morte aleivosa traiçoeira. Esta é uma nação pacífica, porém temível quando se provoca sua ira. O conflito começou no momento e nas condições decididos por outros.
Terminará na forma e na hora de nossa escolha (…).
Acossaremos e destruiremos as organizações terroristas mediante a ação direta e contínua, na qual utilizaremos todos os elementos do poder nacional e internacional. Nosso objetivo imediato será atacar as organizações terroristas de alcance mundial ou a todo terrorista ou Estado patrocinador do terrorismo que tente adquirir ou utilizar armas de destruição em grande escala ou seus precursores, e defender os Estados Unidos, o povo estadunidense e nossos interesses dentro e fora do país, mediante a identificação e destruição da ameaça antes que chegue a nossas fronteiras. Se bem os Estados Unidos tratarão constantemente de obter o apoio da comunidade internacional, não vacilaremos em atuar sozinhos, caso seja necessário, para exercer nosso legítimo direito à defesa própria, com medidas preventivas contra esses terroristas, a fim de impedi-los de causar danos a nosso povo e a nosso país; e privar os terroristas de novo patrocínio, apoio e refúgio seguro, convencendo ou obrigando os estados a aceitar suas responsabilidades soberanas.”
Seguem-se ainda muitos outros trechos demonstrativos do fascismo ianque, mas por absoluta falta de espaço deixamos de repeti-los, embora sejam também muito importantes.
Na introdução a esses trechos da “Estratégia de Segurança Nacional do USA”, A Nova Democracia dizia:
“A atenção e independência na leitura deste documento, que condensa a chamada Doutrina Bush — assim como dos Documentos de Santa Fé — faz saltar aos olhos as mãos sinistras da cúpula do Império (Pentágono, Departamento de Estado, CIA, etc.) nos acontecimentos de 11 de setembro. Eles eram indispensáveis para colocar em marcha os planos meticulosamente elaborados pelos altos círculos dos monopólios ianques (complexos industrial-militar e petrolífero, principalmente) representados pela administração Bush.”
Na próxima edição, trataremos das invasões e ocupações do Afeganistão e Iraque, o aprofundamento do genocídio ao povo palestino, a ocupação do Haiti, bem como os desdobramentos e as implicações para a atual situação política, quando, incapaz de conjurar a grave crise econômica, o imperialismo continua a se lançar em guerras de rapina, como a mais recente da Líbia.
Abordaremos também a heroica resistência dos povos agredidos e seus valiosos ensinamentos.
A liberdade duradoura de agredir outros povos
Ao anunciar “represálias” contra supostos terroristas espalhados pelo mundo, George W. Bush lançou o termo “justiça infinita” como nome da operação, o que causou polêmica entre setores religiosos, notadamente muçulmanos.
Então foi cunhado o termo “liberdade duradoura” para designar a operação de invasão e ocupação do Afeganistão.
Coadunando-se com a política imperialista para o período e visando a conjuração da crise mundial de superprodução relativa do capitalismo, era preciso espalhar a guerra por vastas regiões do mundo, e o comando militar ianque se utilizou do mesmo nome para batizar outras operações militares.
Assim, além da Operação Liberdade Duradoura – Afeganistão, foram levadas a cabo as:
Operação Liberdade Duradoura – Chifre da África (desde 2002): Principalmente na Somália e Golfo de Áden, acusados de abrigar células da Al Qaeda e “piratas”. Foi dirigida pelo Comando Europeu do USA (Eucom) até a criação do Comando Africano do USA (Africom) em 2007.
Operação Liberdade Duradoura – Trans-Saara (desde 2007) na região do Magreb, norte da África, notadamente a Argélia, contra células da Al Qaeda. Dirigida pelas mesmas tropas da operação “Chifre da África”.
Operação Liberdade Duradoura – Filipinas (desde janeiro de 2002): oficialmente “Operação Águia da Liberdade”. Dirigida formalmente contra uma “insurgência islâmica” no país.
Operação Liberdade Duradoura – Quirguistão (dezembro de 2001 a 2004): Utilizou a ex-república soviética como base para atacar o Afeganistão.
Operação Liberdade Duradoura – Pankisi Gorge (2002-2004): contra região de Pankisi Gorge, na Geórgia, ex-república soviética.
Operação Liberdade Duradoura – Caribe e América Central (iniciada em 2008): Sob direção do Comando Sul do USA, foram instaladas unidades do 7º Grupo de Forças Especiais em oito nações: Belize, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Honduras, Trinidad & Tobago, Guiana e Suriname. Embora reconheça que não há grupamentos terroristas islâmicos atuando na região, o Departamento de Estado ianque alerta para ameaças terroristas na Colômbia e grupos “esquerdistas radicais nos Andes”, referindo-se à Guerra Popular dirigida pelo Partido Comunista do Peru desde 1980.
O Estado mais terrorista da história
Os mandatários ianques e sua imprensa monopolista não tardaram a classificar os acontecimentos de 11 de setembro como “o maior atentado terrorista da história”, um epíteto apropriado e repetido à exaustão pelos meios de comunicação colonizados por todo o mundo, principalmente na ocasião da celebração dos 10 anos dos ataques.
Tentam com isso apagar seus próprios crimes e esconder que a própria sobrevivência do imperialismo se deve a inúmeros atos terroristas contra povos e nações oprimidas em todo o mundo. Maquiam sob diferentes terminologias as maiores transgressões nas guerras de agressão que promovem, violando diuturnamente as chamadas “leis de guerra” e o “direito internacional”, tudo com o beneplácito da “comunidade internacional” e a chancela da ONU.
Porém, não há dúvidas, o imperialismo ianque é o perpetrador dos maiores atentados terroristas da história, quase todos maiores que os acontecimentos de 11 de setembro.
Começando com a explosão das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, que assassinaram 170 mil pessoas instantaneamente e outras centenas de milhares morreram pelos efeitos da radiação.
Há ainda as milhares de toneladas de bombas lançadas sobre Coréia, Vietnã e o Camboja, bem como o uso indiscriminado de agentes químicos, que provocaram sofrimentos terríveis nas pessoas atingidas.
Para justificar sua maior intervenção no Vietnã e bombardear a República Popular do Vietnã, fabricaram o já desmascarado episódio de afundamento de embarcação sua no Golfo de Tonkin, em 1964.
É bom lembrar também da série de golpes de Estado levados a cabo por militares a mando do USA em toda América Latina, que vitimaram também muitos milhares de patriotas e revolucionários, assassinados nas masmorras do fascismo e na tortura mais vil. Um deles, suprema ironia, ocorreu exatamente no dia 11 de setembro de 1973, o golpe de Pinochet no Chile.
Parte 3
Após 10 anos de agressão, cerca de dois mil ianques foram aniquilados pela resistência afegã
Com os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, o imperialismo ianque obteve o pretexto que buscava para declarar a guerra infinita aos povos das semicolônias, arrastando outras potências imperialistas da Europa, como França, Inglaterra, Alemanha e outras, a compromissos, formando coalizões militares para invadir o Iraque e o Afeganistão primeiro, Haiti, Paquistão e Líbia depois.
Após a invasão do Afeganistão, os ianques passaram a ultimar os preparativos para a invasão e ocupação do Iraque. A justificativa para mais essa guerra também entrou para o rol das grandes mentiras imperialistas: a fabricação e posse de “armas de destruição em massa” pelo governo de Saddam Hussein.
Acossado por um embargo econômico desde a primeira Guerra do Golfo (1990-1991) e na iminência de ser novamente agredido pelo imperialismo, Saddam tentou ao máximo unir a população com um discurso anti-ianque, libertou os presos políticos, abriu os depósitos de armas para o povo e o conclamou a uma guerra prolongada de resistência ao invasor. Essa atitude foi em boa medida responsável pala heroica e indestrutível resistência iraquiana, que segue dando golpes nas tropas de invasão, situação na qual o imperialismo ianque uma vez mais se vê empantanado.
Em 20 de março de 2003, as hordas imperialistas invadiram o território iraquiano numa guerra que o comando ianque prometia ser rápida. Em 9 de abril a capital Bagdá caia em mãos ianques. No entanto, esse não seria o fim da guerra, mas apenas o seu verdadeiro começo…
Fallujah, o bastião da resistência
Desde o início o povo iraquiano deu mostras de um heroísmo infinito. Todos os povos do mundo têm uma dívida com a Resistência Iraquiana, dívida essa que será paga com o sepultamento definitivo da besta imperialista mais dia menos dia.
Ao avassalador avanço das tropas invasoras, a Resistência Iraquiana opôs a guerra irregular e prolongada, que até hoje impõe derrotas vexatórias aos ianques.
Dentre os muitos memoráveis episódios do povo iraquiano, destaca-se a épica resistência ao cerco à cidade de Fallujah. Esta poderia ter sido destruída mais de uma vez pelo volume dos bombardeios, mas resistiu até o último combatente em 2004, quando os ianques utilizaram armas químicas com fósforo branco e outros elementos, inclusive radioativos. Seus efeitos são e serão sentidos por décadas e o nascimento de crianças com inúmeras deformações prova mais esse crime imperialista contra a humanidade.
Tortura e genocídio
A utilização generalizada da tortura veio a público com a divulgação de fotos e vídeos feitos pelos próprios soldados ianques na prisão de Abu Ghraib.
Aliás, a prática da tortura viria a ser institucionalizada pela monstruosa mão de Bush filho em documento de 2008 “permitindo” a utilização de “técnicas aprimoradas de interrogatório” e citando textualmente a simulação de afogamento e outros.
Em julho de 2003, Uday e Qusay, filhos de Saddam Hussein, foram assassinados em Mosul, norte do país.
O próprio Saddam Hussein seria capturado em 2004 e mantido preso por mais de dois anos, período em que foi montado um julgamento farsesco para sua condenação. Saddam se portou à altura do momento histórico, não reconhecendo o tribunal de ocupação e denunciando as manobras imperialistas. O ex-presidente do Iraque foi enforcado em 30 de dezembro de 2006.
Um capítulo particularmente abominável da ação do imperialismo ianque pelo mundo é a utilização da base de Guantânamo (território usurpado na ilha de Cuba) como centro de detenção e tortura de “suspeitos de terrorismo” de várias nacionalidades. Centenas de pessoas ali permaneceram confinadas em jaulas sem cobertura, com vendas nos olhos e sofrendo todo tipo de sevícias, até serem “julgadas” por tribunais ianques.
Essa era apenas a ponta do iceberg de todo o esquema montado pelo imperialismo para sequestrar, transportar a outros países, torturar, matar e cooptar agentes, tudo isso em centros clandestinos de detenção em bases ianques, ou com a colaboração de governos semicoloniais, como Khadafi, na Líbia, caso demonstrado pela divulgação recente de documentos secretos pela organização Wikileaks.
Doutrina Obama
Com o mandato de Bush filho se arrastando em um fim melancólico, surge no cenário, como sempre, o velho pintado de novo. Barack Obama, personalidade em ascensão no Partido Democrata ianque, figura como favorito para as eleições presidenciais de 2008. Ele logo caiu nas boas graças da “opinião pública” e dos oportunistas de toda laia como algo diferente dos que então governavam o USA. Suas promessas de fim da guerra, fechamento da base de Guantânamo, assistência universal à saúde e outras mais seduziram parte do eleitorado, que queria mesmo era se ver livre de Bush e de tudo que ele representava.
Porém, a dura realidade se abateu logo sobre os estadunidenses e povos das semicolônias. Com palavras doces e grossa maquiagem, Obama incrementou as agressões, ampliou o orçamento militar, aumentou as tropas no Afeganistão, injetou bilhões de dólares na salvação dos bancos e aprofundou o arrocho aos trabalhadores dentro do USA.
Sua popularidade caiu vertiginosamente em pouco tempo e então foi decidido pelos altos círculos militares ianques a utilização de mais um ardil. Como quem tem uma carta escondida na manga, um comando ianque anuncia o assassinato de Osama Bin Laden, o “inimigo nº 1” do USA, no dia 1º de maio de 2011, em território paquistanês. A popularidade de Obama melhora ligeiramente, mas nova crise se abate sobre a economia ianque com a questão do teto da dívida pública quando esta já está além da estratosfera. Obama transige com setores mais reacionários e retrocede até mesmo em medidas cosméticas de seu governo.
Generalizam-se as agressões
No rastro das guerras do Afeganistão e Iraque, a coalizão estendeu os ataques ao Paquistão, vitimando milhares de civis com seus ataques “cirúrgicos” com aviões não tripulados.
Em 2005, o Haiti, desestabilizado politicamente pelo próprio USA, foi também invadido e ocupado por tropas ianques que, em seguida, seriam substituídas por tropas da ONU tendo o exército brasileiro no comando. Essa operação, além de servir de treinamento para as tropas brasileiras para a repressão ao povo das favelas, como ora ocorre no Complexo do Alemão, liberou tropas e recursos ianques, empantanados pelas resistências iraquiana e afegã.
No mesmo diapasão do militarismo ianque, após o 11 de Setembro, o Estado sionista israelense aprofunda a agressão ao povo palestino, numa escalada fascista que culminou na genocida operação ‘Chumbo Fundido’ (dezembro de 2008/janeiro de 2009), que matou mais de 1.550 pessoas – sendo centenas de crianças – e deixou mais de 5 mil feridos. Segundos estudiosos como Michel Chossudowski, essa operação também estava planejada pelo menos desde 2001, aguardando um pretexto, obtido com a eleição do Hamas para a Autoridade Palestina.
Em 2010, a bola da vez foi Honduras, onde o USA patrocinou outro golpe de Estado.
Em março de 2011, como parte da onda de revoltas populares que varreram o Norte da África e o Oriente Médio, nova agressão é promovida, dessa vez à Líbia. Porém, a potência que toma a iniciativa é a França, que além de participar da coalizão invasora do Afeganistão, atuou como força de intervenção na Costa do Marfim, ainda em março, e foi o primeiro país a bombardear o território líbio, seguindo-se o apoio das forças inglesas. O USA, ainda preso a certos compromissos com Khadafi, aguardou até o último instante, mas não podendo largar um osso tão suculento, também participou com a parte que lhe cabia, ainda que em desvantagem na partilha do butim.
A agressão à Líbia encontrou um virtual fim após o linchamento de Khadafi e seu filho Mutassen, em meados de outubro, o que decretou o “fim” da resistência.
Acirram-se as contradições interimperialistas
Esse movimento da França diz muito sobre os blocos que vão se formando e estabelecendo grandes redes de relações diplomáticas, econômicas e militares, visando constituir pontos avançados para a próxima repartilha do mundo.
A Rússia recuperou-se economicamente e reafirmou sua condição de potência imperialista (do ponto de vista militar é superpotência nuclear). Ensaiando nova expansão para além de suas áreas fronteiriças Cáucaso e Ásia Menor, apresentou-se como mediador para a partilha da Líbia.
A União Europeia, que atravessa delicada situação com alguns integrantes enfrentando sérias crises e protestos populares, tem expressado suas contradições com o USA, inicialmente no plano político e diplomático, cada vez mais de forma pública.
A China domina comercial e economicamente em larga escala todo o sudeste asiático e as vastas zonas do pacífico além de deter largas extensões de terras no continente africano, e investe em seu robustecimento militar. Suas pretensões imperialistas rivalizam com USA e União Europeia por importantes esferas de influência na América Latina. Ademais de vários tratados firmados entre Rússia e China, esta aliança reforça-se como tendência, polarizando um eixo com Irã, Coreia do Norte e Venezuela, países complicadores para a “geopolítica” ianque.
A luta desses grupos sobre a base da crise geral do imperialismo se desenvolve em um terreno de crescente instabilidade e questionamento da atual hegemonia, apontando para o início de novas pugnas por ela.
Dados militares do USA
- De acordo com números do Departamento de Defesa do USA, existiam, em 2008, pelo menos 865 bases militares ianques fixas em mais de 50 países. Outras 200 bases foram implantadas no Iraque, Afeganistão e outros países no Oriente médio, ampliando para mais de mil as bases militares do USA espalhadas pelo mundo, com um custo anual de 102 bilhões de dólares para sua manutenção.
- A V Frota da marinha do USA (USA Navy) está implantada no Bahrein e conta com cinco mil militares ianques.
- A IV Frota da marinha ianque, restabelecida na América do Sul no apagar das luzes da administração Bush, tem a missão de permanecer com o dedo no gatilho e com a mira na costa do oceano Atlântico, além de realizar “intercâmbio de informações” e “atividades conjuntas” com os gerenciamentos semicoloniais.
- Barack Obama acordou com o gerenciamento títere da Colômbia a instalação de sete bases militares naquele país. Há ainda em curso os planos contrainsurgentes Novos Horizontes/ Muito Além do Horizonte, levados a cabo no Peru pelo Comando Sul do exército do USA; a Iniciativa Mérida, que entrega o território mexicano aos ianques; além de bases espalhadas por toda a América Central. Existem milhares de militares ianques atuando como instrutores ou “especialistas” em todos os países da América Latina. No Peru, por exemplo, há 300 marines em atividade e o gerenciamento Ollanta Humala busca negociar um acordo de cooperação em defesa com o USA visando “enfrentar as novas ameaças globais” e eliminar “remanecentes do grupo terrorista Sendero Luminoso”, como é tratado o Partido Comunista do Peru pela reação.
Dados das agressões e resistências nacionais
- Mais de 2.800 militares das forças invasoras foram aniquilados pela resistência afegã. Destes, cerca de 2.000 são ianques, 250 britânicos e o restante de outras nacionalidades.
- Cerca de 140 mil militares de 49 países compõem as forças invasoras no Afeganistão.
- Mais de 35 mil civis afegãos foram assassinados ou tombaram em combate durante mais de 10 anos de agressão, outras dezenas de milhares de pessoas foram torturadas e mutiladas.
- No Iraque, desde 2003, mais de 4.800 militares estrangeiros foram aniquilados pela resistência, dentre esses, mais de 4.480 são ianques.
- Em 2007, um clarão iluminou o panorama da resistência, com a divulgação da declaração de fundação da Organização Maoísta do Iraque e a descrição das suas primeiras ações. Entretanto, pela falta de informações, não se sabe em que situação se encontra essa organização.
- Estima-se que mais um milhão de iraquianos foram assassinados pelos bombardeios e incursões das tropas invasoras ou tombaram em combate desde a invasão do país.
- Segundo a organização Iraq Solidaridad, desde o início da invasão, 317 professores universitários iraquianos foram assassinados.
- Segundo dados da Organização Internacional para Migrações, um quinto da população iraquiana (considerando o censo populacional anterior à invasão) vive hoje como refugiado no exterior ou perdeu sua casa dentro do próprio país.
- Números divulgados em agosto de 2011 pelo Bureau of Investigative Journalism revelam que pelo menos 2.292 pessoas foram assassinadas no Paquistão desde 2004, entre elas 160 crianças, nos ataques realizados pelos Drones (aviões não tripulados comandados por controle-remoto).
- Segundo cálculo divulgado pelo estudo Custos de Guerra, feito pelo Instituto Watson de Estudos Internacionais, da Universidade Brown, no USA, o Estado ianque gastou, até o momento, cerca de 4,4 trilhões de dólares com as agressões ao Afeganistão, Iraque e Paquistão.