Um mês após o início da campanha contra a censura sionista, mais de 50 personalidades e organizações democráticas e progressistas se manifestaram em solidariedade ao jornal A Nova Democracia. Após o banimento do canal do AND pelo Youtube, no dia 15/01, essas organizações e personalidades destacaram o trabalho da imprensa popular e democrática na trincheira de apoio à resistência nacional palestina, e denunciaram a censura sionista promovida pelas chamadas “bigtechs”, plataformas imperialistas que têm lançado sua ofensiva contra a propaganda democrática e progressista em seus meios digitais.
Representantes, coordenadores e ativistas de organizações pró-Palestina se posicionaram em defesa do jornal AND
Desde a última matéria publicada com os apoios prestados por companheiros democratas e progressistas, mais representantes e ativistas de organizações pró-Palestina se posicionaram sobre o ocorrido. O coordenador de relações institucionais da Aliança Palestina Recife, André Frej, afirmou sobre o ocorrido: “Os companheiros do jornal AND têm sido a principal voz da luta de Resistência Palestina no nosso país. Têm sido a voz de quem não se rende às imposições do imperialismo, a incansável voz que não se rende às imposições dos grandes grupos hegemônicos, que ao longo dos 15 meses de genocídio reproduziram verdadeiras propagandas sionistas”.
Ele também demarcou os êxitos da imprensa popular e democrática em denunciar os genocidas e suas derrotas: “[…] Exalto a capacidade e a determinação ímpar dos companheiros em noticiar todas as derrotas dos assassinos que ocupam a Palestina, como também em cobrir os êxitos da Resistência.
Habib Omar, coordenador do projeto Amigos da Palestina Brasil, também se posicionou em solidariedade ao AND um vídeo gravado: “Estou gravando este vídeo para expressar solidariedade e apoio a todos os jornalistas da equipe do jornal AND, após o cancelamento de seu canal no YouTube, por conta de seus esforços em difundir e informar a verdade sobre o que acontece na Palestina, expondo as fake news, desinformações e mentiras israelenses.”.
João Haddad, que participou anteriormente de edições do Plantão Palestina, afirmou: “Eu já tive a oportunidade de participar, um tempo atrás, do programa A Propósito, tocado pelo jornal A Nova Democracia, e sei o quão importante é o trabalho dos companheiros desse jornal.”. Acrescentando que: “O jornal A Nova Democracia tem uma participação ativa, não apenas uma cobertura segura e revestida de isenção, mas uma cobertura militante das grandes lutas do nosso tempo e dos nossos povos. Em especial, nos últimos anos, da luta do povo palestino.”.
Também o coordenador do Movimento pela Libertação da Palestina – Ghassan Kanafani e colaborador do AND, Yasser Jamil Fayad, demarcou a censura de caráter político contra o AND: “O Jornal A Nova Democracia tem se posicionado abertamente em favor do povo palestino e de sua luta de libertação nacional contrariando, portanto, o desejo da política estadunidense e das potências europeias, assim como do colonialismo judaico sionista na Palestina — foi alvo de censura política.”.
Fábio Bosco, do setor internacional da Central Sindical Popular (CSP Conlutas), por sua vez, exigiu que o canal do A Nova Democracia fosse restabelecido: “quero exigir que o YouTube restabeleça, não apenas o acesso, como também restabelecer o direito deles pelo canal para veicular suas ideias de acordo com os princípios de liberdade de expressão que foram duramente conquistados pelo povo brasileiro.”.
Organizações estaduais pró-Palestina rechaçam a censura sionista
Também, uma série de organizações estaduais pró-Palestina rechaçaram a censura sionista e se colocaram resolutamente em apoio à imprensa popular e democrática. O Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino afirmou em uma nota publicada: “AND é a imprensa que com coragem e a ousadia de quem está ao lado do povo trabalhador, tem divulgado as informações tal como elas acontecem, sobre a Resistência e o Genocídio do Povo da Palestina. Exatamente por isto, tem sido uma fonte importante para todas as pessoas que tem se assumido na luta em solidariedade ao Povo Palestino. E, exatamente por isto, a Plataforma assumiu esta violência.”.
Acrescentando que: “Nós, do Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino, não podemos nos calar diante desta violenta censura, pois apaga toda a história deste jornal, e impede sua continuidade. Não podemos deixar de mostrar nossa indignação e denunciar esta arbitrariedade do YouTube. E fortalecemos a luta da AND para recuperação de seu acervo histórico e o retorno de seus canais de informação das mídias sociais”.
Já a Frente Cearense de Apoio à Resistência Palestina também demarcou seu rechaço: “[…] Reiteramos nosso rechaço à censura imposta ao Jornal A Nova Democracia e saudamos os companheiros e companheiras por sua postura firme e seu compromisso inabalável para com as lutas populares do Brasil e as lutas anti-imperialistas de todo o mundo. Viva a imprensa popular e democrática! Viva a heróica resistência palestina! Abaixo a censura sionista!”
O Comitê de Solidariedade à Palestina-DF, por sua vez, colocou seu apoio ao jornal AND: “Por fim deixamos aqui a nossa solidariedade, as companheiras e companheiros do Jornal A Nova Democracia, que mesmo sob censura, seguem com postura firme e incansável na divulgação das lutas populares do Brasil e do mundo, denunciando os crimes do sionismo na Palestina, e divulgando a luta dos camponeses, indígenas e quilombolas contra a pistolagem no campo, financiada pelo latifúndio, representante da extrema-direita sionista e lacaia do imperialismo ianque no Brasil.”.
Organizações operárias, estudantis, de juventude e políticas também demarcam sua solidariedade ao A Nova Democracia
A organização operária sindical Liga Operária expressou, em nota, “sua irrestrita solidariedade ao jornal democratico-revolucionário e anti-imperialista A Nova Democracia”, continuando a afirmar que “O AND sempre defendeu (e segue defendendo), abertamente, o direito à autodeterminação e a luta de libertação nacional do povo palestino, dos povos do Oriente Médio e de todo o mundo, seguindo sua linha editorial internacionalista e anti-imperialista.”.
A Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia (ExNEPe), declarou todo apoio ao Jornal A Nova Democracia, em nota publicada no portal da entidade. Na nota, a entidade afirma: “Frente a todo seu compromisso honesto com a causa democrática, mais uma vez demonstramos nossa solidariedade ao jornal A Nova Democracia e conclamamos todos os estudantes de pedagogia e demais cursos, professores e entidades e movimentos democráticos, a se somarem na campanha de solidariedade contra a censura sionista.”.
Também o Centro Estudantil da Pedagogia da Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto (CEPed) publicou uma nota em seu perfil no Instagram afirmou: “O CEPed repudia essa censura e reforça seu apoio ao jornal A Nova Democracia, que segue firme em sua luta pela recuperação de seu acervo e pela continuidade de seu trabalho em prol do povo e da verdade. Em defesa da imprensa popular!”
Já a organização de juventude Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária (UV-LJR), demarcou em nota publicada em seu portal: “Nós da Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária, nos solidarizamos e prestamos todo o nosso apoio ao Jornal A Nova Democracia. A reação pode tentar de tudo, mas jamais vai conseguir deter o povo de ter sua tribuna. Seguiremos apoiando firmemente o jornal, especialmente na sua divulgação através das brigadas, e convocamos toda a juventude a tomar parte ativa nesse trabalho, a verdadeira imprensa popular e democrática segue mais forte do nunca!”.
As organizações políticas Organização Socialista Libertária (OSL) e PCBR também se pronunciaram em seus portais e perfis do Instagram em rechaço à censura sionista. A Organização Socialista Libertária (OSL) manifestou sua solidariedade ao jornal A Nova Democracia, “que no dia 15 de janeiro teve seu canal removido do ar pelo YouTube, sendo que, no dia anterior, a plataforma havia desmonetizado o canal”. Já o PCBR, por meio de seu jornal Em Defesa do Comunismo, demarcou: “Toda solidariedade ao A Nova Democracia, que o YouTube devolva seu material e restabeleça o canal com sua devida monetização. As vozes dissidentes não podem ser sufocadas. O jornalismo militante não pode ser censurado.”
Ativistas dos Comitês de Apoio ao AND realizam panfletagens entre as massas de trabalhadores
Os ativistas dos Comitês de Apoio ao AND também levaram a denúncia contra a censura sionista às ruas, e realizaram panfletagens entre as massas de trabalhadores em defesa da imprensa popular e democrática.
Ativistas no interior da Paraíba, em Campina Grande, se reuniram no terminal de integração de ônibus, ao meio-dia, horário de grande circulação de trabalhadores e estudantes, para denunciar os ataques sofridos pelo jornal, vender as antigas edições e arrecadar fundos para manutenção do jornal.
Em João Pessoa (PB), o Comitê de Apoio ao AND e o Grupo de Estudos Aurora Democrática também realizaram uma panfletagem, denunciando a censura sionista feita pelo YouTube ao banir o canal do Jornal A Nova Democracia da plataforma. O ato ocorreu no terminal de ônibus municipais do Parque Solon de Lucena e também em ruas do centro da cidade, espaços onde há grande concentração de trabalhadores. Ao total, foram distribuídos cerca de 500 panfletos.