Moradores, inclusive crianças, tentam amenizar a situação provocada pelo gás lacrimogêneo. Foto: Reprodução
Pelo menos uma pessoa morreu em um incêndio que começou no dia 29 de setembro, o que levou a massa de imigrantes a se levantar em grandes protestos em um campo de refugiados superlotado na ilha grega de Lesbos.
A manifestação foi reprimida pela polícia sedo contundentemente repelida pelos imigrantes, o que resultou em quatro policiais e um bombeiro feridos, segundo informações do aparato de repressão. Já o Ministério da Saúde grego relatou que 17 imigrantes foram hospitalizadas com ferimentos leves e problemas respiratórios. A polícia disparou gás lacrimogêneo contra os imigrantes que se manifestavam contra a lentidão dos bombeiros para responder ao incêndio.
O corpo carbonizado de uma mulher foi encontrado no campo de Moria, mas os moradores dizem que houve outra vítima durante o incêndio e que seria uma criança.
A situação no campo de concentração para refugiados é tamanha que alguns imigrantes quebraram suas próprias casas no local, demonstrando sua revolta com a situação de vida no acampamento. O campo abriga cerca de 12 mil pessoas em tendas e contêineres, quatro vezes mais pessoas do que a sua capacidade permite.
O campo de Moria é considerado o pior campo de refugiados do mundo, com péssimas condições de vida oferecidas aos migrantes, gerando recorrentes casos de violência. No acampamento, diversas crianças já tentaram suicídio e nenhum atendimento psicológico é ofertado no campo. O incêndio, provavelmente, foi produto das péssimas condições de conservação.