No dia 9 de março, cerca de 5 mil estudantes protestaram contra a presença das forças armadas nas universidades, imposta em uma nova contrarreforma da educação. Confrontos intensos ocorreram entre os jovens e a polícia. O protesto também rechaçava a violência policial na sociedade e durante manifestações.
Os estudantes secundaristas presentes na manifestação exigiam a implementação de medidas sanitárias para as aulas presenciais durante a pandemia da Covid-19, como um menor número de pessoas dentro das salas de aula, contratação de mais professores, entre outras.
Durante o protesto, centenas de manifestantes atiraram pedras e coquetéis molotov contra uma delegacia de polícia no subúrbio de Nea Smyrni. A repressão não vai vencer! dizia uma faixa no protesto.
As forças de repressão relataram que 10 policiais ficaram feridos durante os enfrentamentos e 16 pessoas foram presas.
Os protestos ocorreram também pela viralização na internet de um vídeo que mostrava um policial espancando um homem naquela mesma semana, durante uma patrulha para impor o toque de recolher.
Um dia depois, em 10/03, cerca de 2 mil pessoas participaram dos protestos na capital, marchando do campus da Universidade de Atenas até o parlamento grego. Em Thessaloniki, no norte da Grécia e segunda maior cidade do país, também ocorreram intensas manifestações.
Estudantes enfrentam a polícia de choque em Atenas. Foto: Louisa Gouliamaki.