Grupo de caminhoneiros em Alemoa, acesso ao Porto de Santos. Foto: Vanessa Rodrigues/AT
Continuando a greve dos caminhoneiros iniciada ontem (1 de novembro), o movimento chega a seu segundo dia com manifestação na região da Alemoa, acesso ao Porto de Santos, em São Paulo – local onde ocorreu repressão policial logo no início da paralisação.
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Segundo cobertura de A Tribuna, os caminhoneiros estão impedidos não somente de ocupar as vias como de se expressar de qualquer maneira, numa flagrante violação do direito de livre manifestação.
Mesmo ficando isolados atrás de um cercadinho no acostamento da via, bastou que aplaudissem um caminhão que passava para serem repreendidos pelos policiais. O caminhoneiro José Santana, de 65 anos, denunciou à reportagem: “A gente não pode nem levantar a mão. Se fizer, terá que pagar R$ 10 mil. Não ganho para isso”.
Ainda assim, os trabalhadores persistem no local, no aguardo de que à partir de quarta-feira (03/11) a adesão vá aumentar.
Também há registro de concentração na Rodovia Presidente Dutra, em Barra Mansa, Rio de Janeiro (BR-116/RJ) e no Porto de Itajaí, em Santa Catarina.
STF REJEITA PEDIDO DE GREVISTAS
Através de suas representações, os caminhoneiros grevistas recorreram com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter as liminares utilizando-se da prerrogativa constitucional de direito à manifestação. O STF, no entanto, rejeitou aos pedidos da categoria, mantendo o impedimento à livre manifestação em 20 estados.
Isso só expressa mais uma vez o grande temor das classes dominantes de enfrentarem uma greve da categoria. Quando o assunto é reprimir os trabalhadores, se unem o presidente fascista Bolsonaro e o STF.