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Mesmo com tentativas dos reacionários da PM de Porto Alegre de frustrar a Greve Geral, a capital gaúcha, Porto Alegre, ainda teve atividades durante o dia, especialmente na Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com ato iniciado às 17h. O Comitê de Apoio do jornal A Nova Democracia de Porto Alegre foi acompanhar o povo gaúcho nesse dia importante.
A movimentação para o início do ato se deu por volta das 15h, com estudantes começando a se reunir próximos ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRGS. Conforme o tempo passava, mais trabalhadores e estudantes se reuniam ali.
Já próximo das 17h, o ato se direcionou à Esquina Democrática e foi ganhando corpo até por volta das 18h, chegando ao número de 50 a 60 mil pessoas. Diversas faixas contra Sérgio Moro, contra o imperialismo ianque e gritos como Ou para a reforma ou paramos o Brasil eram ouvidos pelo Centro da cidade pela grande multidão.
Mesmo um dos líderes sindicais, em cima do carro de som, pontuou algo que já havíamos ouvido de outros trabalhadores: estavam presentes mais jovens e estudantes do que trabalhadores em si, visto a sabotagem de várias centrais sindicais.
Uma sindicalista do Sindicato Municipal de Gravataí e uma estudante criticaram os sindicatos vinculados às principais centrais sindicais e a União Gaúcha dos Estudantes (Uges) por não se esforçarem na mobilização dos trabalhadores e estudantes.
A trabalhadora, que não quis se identificar, relatou que, durante um piquete realizado na madrugada, os sindicalistas permitiram que a Polícia Militar reprimisse violentamente o ato sem nada fazer; já a estudante criticou a Uges, relatando que a entidade prometeu ônibus para levar ao ato os estudantes de sua escola e que, uma vez mobilizados os jovens, a entidade nada fez.