Pneus em chamas bloquearam a BR-364, próximo ao Campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e à Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho, como parte dos protestos da Greve Geral de 14 de junho. Com a queima dos pneus, uma grande coluna de fumaça podia ser avistada de longe, anunciando a onda de protestos que se estendeu por todo o país.
A ação, que ocorreu no início da manhã, exibiu uma grande faixa com os dizeres: Greve Geral de Resistência Nacional. Palavra de ordem que expressa o rechaço popular ao entreguismodo governo de Bolsonaro e dos generais, expresso na entrega do país aos ianques, nos ataques contra os direitos previdenciários, trabalhistas e os cortes na educação.
Durante o bloqueio da autoestrada, a manifestação foi covardemente atacada pela Polícia Militar, que chegou a realizar um disparo contra os estudantes da universidade. Três jovens foram presos.
Veículos dos monopólios de imprensa local marrons conluiados com o latifúndio repercutiram o protesto de maneira policialesca e criminalizadora.
Paralisações e protestos
Trabalhadores de diversas áreas aderiram à Greve Geral do dia 14/06 no estado em protesto contra os ataques à previdência.
Na capital rondoniense, Porto Velho, manifestantes se reúniram na praça das Três Caixas D’água, de onde seguiram em passeata por ruas do centro da cidade.
Foram registradas paralisações no campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e no Instituto Federal de Rondônia (Ifro), além de escolas estaduais e municipais.
O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) também se mobilizou e informou que a greve da categoria teve como reivindicações mais empregos e o rechaço às “constantes ameaças de desmonte dos bancos públicos”.
Em Vilhena, cidade localizada à 709 km da capital, a mobilização aconteceu na Praça Nossa Senhora Aparecida, área central da cidade, com a participação de servidores da educação municipal, estadual, federal, estudantes e trabalhadores que tomaram as principais ruas da área central em marcha contra os ataques à previdência.
Segundo informações da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e da Secretaria Municipal de Educação (Semed), as oito escolas da cidade tiveram aulas totalmente paralisadas.
Em Ariquemes, na região do Vale do Jamari, professores e camponeses se reuniram próximo a um semáforo da Avenida Tancredo Neves, expondo para a população as graves consequências do draconiano ataque ao direito de aposentadoria do povo.
Em Ji-Paraná, segundo município mais populoso do estado, um grupo de manifestantes, incluindo professores, estudantes e indígenas, se reuniram em frente aos portões da Unir, região central da cidade, bloqueando a entrada de veículos.
Em Guajará-Mirim, localizada a 331 km de Porto Velho, também houve paralisação no Ifro.