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A Greve Geral de 14 de junho estremeceu as ruas de Belém, no Pará. Pelo menos 20 mil trabalhadores e estudantes participaram da manifestação central, que ocorreu na parte da tarde. Pela manhã ações foram realizadas para paralisar o comércio e a produção, como cortes de vias e piquetes.
Por volta das 7h30 da manhã, manifestantes atearam fogo em pneus para bloquear o tráfego na Avenida Almirante Barroso, principal via de acesso à cidade. Meia hora depois, os trabalhadores que atuam no Porto e no Terminal petroquímico de Miramar protestaram contra a “reforma” da Previdência e a privatização dos portos e da Petrobras.
Os trabalhadores do transporte coletivo da cidade também paralisaram desde o raiar do dia, aderindo parcialmente à greve e voltando a circular a partir das 9h.
A concentração do ato contra a “reforma” e os cortes na educação foi na praça da República, às 10h, seguindo no sentido do Mercado de São Brás. Estima-se que 20 mil pessoas participaram do ato que contou com a participação massiva de estudantes, professores, operários da construção civil, torcidas organizadas, movimentos populares e diversos sindicatos, como o dos bancários, urbanitários etc.
Mesmo com a paralisação dos transportes públicos, o ato foi massivo, contando com diversas categorias. Um professor da escola pública vestido de cangaceiro disse que a única reforma aceitável é “da Escola Graziela”, referindo-se a escola municipal Graziela Moura Ribeiro, na qual ele leciona e que “está caindo aos pedaços”.
O Comitê de Apoio ao jornal A Nova Democracia esteve presente na concentração do ato, vendendo cerca de 140 jornais de edições anteriores e da atual.