Na manhã do dia 20 de abril, estudantes da Universidade Federal do Paraná partiram em manifestação rumo ao complexo da Reitoria, no centro de Curitiba, ocupando o prédio Dom Pedro II. Essa ocupação surge na necessidade de evidenciar as reivindicações da já decorrente greve, responder aos ataques antidemocráticos proveniente do Reitor Ricardo Marcelo e compor a solidariedade mundial dos estudantes nas ocupações em defesa da Heróica Resistência Nacional Palestina.
As demandas que são defendidas, foram levantadas por mais de 20 cursos na deflagração de Greve Estudantil, até então não obtiveram nenhuma resposta por parte da Reitoria da UFPR. No período, as tentativas de diálogo e reconhecimento da greve no Conselho Universitário (COUN), foi tratada pela Reitoria como “Mobilização Estudantil”, visando desqualificar a greve.
Do mesmo modo, o Reitor Ricardo Marcelo, atentou duas vezes contra os direitos democráticos e deliberativos do Conselho Universitário. A primeira vez, alegando problemas técnicos interrompeu o COUN e em segundo momento acatando um aconselhamento advindo do Ministério Público Federal – emitido pelo Procurador da República (Robson Martins) –, retirou o caráter deliberativo do Conselho Universitário, impossibilitando assim a suspensão do Calendário Acadêmico e violando a autonomia universitária.
Dessa forma, os Estudantes organizam suas exigências para mesa da negociação da seguinte forma: A contratação de professores para os cursos de Psicologia, Fisioterapia, Letras e demais cursos; A garantia da Dupla Habilitação (licenciatura e bacharelado) para os cursos que ainda possuem e o retorno da mesma para os cursos que ela foi extinta; Reajuste dos auxílios de PROBEM, equiparando ao salário mínimo; Melhorias nas condições de infraestrutura básica da universidade; Discussão dos demais pontos na carta de reinvindcações do Comando de Greve dos Estudantes; e garantia de não judicialização e criminalização dos integrantes da greve.
Os ocupantes também garantem que não impedirão nenhum servidor ou pró-reitor de entrar no prédio, caso necessite fazer alguma atividade que seja extremamente essencial a comunidade acadêmica. Reiterando o caráter da mobilização e visando trazer melhoriais a toda Universidade
A ocupação do Dom Pedro II, também se soma às demais manifestações e acampamentos estundatis que tomam posição em defesa da Heroica Resistência Nacional Palestina e se solidarizam ao povo palestino, tal qual, o exemplo histórico dos estudantes que se levantaram em defesa do povo vietnamita.