Cerca de quatro mil migrantes da América Central (de 9 mil ao total) foram reprimidos com cassetetes e gás lacrimogêneo pela polícia guatemalteca enquanto tentavam atravessar a fronteira para o México, rumo ao Estados Unidos (USA) em busca de condições melhores de vida e de emprego, frente à brutal crise de superprodução que se reflete na América Latina como um todo. A ação contra os milhares de homens, mulheres, crianças e idosos, principalmente hondurenhos, ocorreu no dia 18 de janeiro, na cidade de Chiquimula.

Um correspondente da agência do monopólio de imprensa AFP conta que o contingente de policiais avançou com força sobre a multidão, golpeando-a com seus cassetetes. Várias pessoas foram feridas, de acordo com relatos.

Os migrantes haviam se reorganizado e bloqueado uma estrada após serem reprimidos no domingo, um dia antes, por mais de 3 mil policiais. Eles declaram terem sido forçados a fugir pela pobreza, violência e a devastação causada por dois grandes furacões em novembro passado, além de afirmarem que “não há trabalho em Honduras”.

A atual caravana é ainda maior do que a de em outubro de 2018, que chegou até a fronteira do USA.

Migrantes hondurenhos rumo ao USA são reprimidos com bastões pela polícia da Guatemala. Foto: Reuters.