18 por um: Em combate com guerrilheiros, Exército filipino mata um revolucionário, mas sofre 18 baixas

Guerrilheiros filipinos de Camarines Sul fizeram contraofensiva e mataram 11 soldados reacionários e deixaram 7 feridos.
Guerrilheiros do NEP em marcha pelas Filipinas. Foto: Noel CELIS / AFP

18 por um: Em combate com guerrilheiros, Exército filipino mata um revolucionário, mas sofre 18 baixas

Guerrilheiros filipinos de Camarines Sul fizeram contraofensiva e mataram 11 soldados reacionários e deixaram 7 feridos.

O Novo Exército do Povo (NEP), exército revolucionário das Filipinas dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas (PCF), repeliu vários ataques das celeradas Forças Armadas do Estado reacionário do país entre fevereiro e março, segundo informações do portal internacional The Red Herald (O Arauto Vermelho) e do Phillipine Revolution Web Central (PRWC), usado como fonte pelo site internacional de notícias. 

Na última semana do mês de fevereiro de 2025, os ataques do 81º e do 16º Batalhão de Infantaria (BI) na região oeste de Camarines Sul foram completamente repelidos pelo NEP, em uma contraofensiva que causou 18 baixas às forças reacionárias: 11 mortos e 7 feridos durante os confrontos. 

Quase um mês depois, no dia 23 de março, os combatentes vermelhos tiveram um outro confronto com as Forças Armadas das Filipinas (FAF), no município de Ragay. Incapazes de vencer, as FAF recuaram e decidiram iniciar uma operação de batalhão nas florestas de Camarines Sul e de Labo em Camarines Norte. 

Revolucionários filipinos avançam em várias regiões do país – A Nova Democracia
Ofensivas e defesas ativas feriram e mataram soldados reacionários em Rizal, Mindoro e Negros, segundo informações publicadas no O Arauto Vermelho.
anovademocracia.com.br

No dia seguinte, a unidade do NEP foi mais uma vez atacada pelas forças reacionárias, mas conseguiu manobrar a formação e se afastar das linhas inimigas. Desesperados para infligir danos ao Exército do povo, os militares sobrevoaram as montanhas de Barangay Baya em dois helicópteros, e atacaram camponeses, afetando a subsistência das populações locais.

Em meio aos conflitos, os reacionários conseguiram matar o combatente revolucionário Angelo “Ka Kim” San Diego. Mesmo assim, o porta-voz do NEP de Camarines Sul, Ka Michael Robredo, não expressou tristeza e saudou o sacrifício: “o Comando de Norben Gruta e todo o movimento revolucionário dá a Ka Kim a maior das honrarias, que enfrentou com bravura o maior dos sacrifícios ao servir o povo.”, disse ele. 

Ka Michael também denunciou os celerados militares pelas violações de leis humanitárias internacionais, que submetem os moradores das vilas a todo tipo de ameaça, tortura e guerra psicológica enquanto escalavam as montanhas para garantir a subsistência de suas vilas.

Enquanto as forças armadas reacionárias tentavam eliminar os revolucionários em Camarines Sul, o NEP impôs operações de contra-ofensiva contra as forças inimigas com seu comando em Masbate. A série de ataques envolveu um fustigamento ao quartel general militar no município de Cataingan, no Barangay Estampar, um ataque aos destacamentos paramilitares da milícia Citizen Armed Force Geographical Unit (CAFGU) no dia 24 de março, a queima do equipamento de processamento de mandioca como sanção aos grileiros no município de Malitbog, em Barangay Siloo no dia 5 de abril, e o confisco de uma arma de fogo e dois rádios no dia 07/04.

As informações das operações bem feitas do NEP se chocam com as contrapropagandas das FAF, que recentemente tentaram comprovar sua vantagem na guerra depois da morte da dirigente comunista Ka Maria Malaya. 

Essas operações também ocorrem em um momento importante para o movimento revolucionário do país asiático: segundo a organização Amigos do Povo Filipino em Luta (Friends of the Filipino People in Struggle, FPPS), uma série de celebrações será feita no dia 26/04 em comemoração ao 52° aniversário da Frente Nacional Democrática das Filipinas (FNDF).

Caminhando com os camaradas
Apresentação: Obra de não ficção da Arundhati Roy. O brilhante livro traz-nos um relato sobre o período em que a escritora e ativista pelos direitos dos povo…
lojadoand.com.br
Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: