Polícia lança gás lacrimogêneo contra manifestantes neste sábado (9), em Porto Príncipe, no Haiti. — Foto: Jeanty Junior Augustin/ Reuters
Em 09/01 á tarde um jovem faleceu e outro foi ferido a tiros pela Polícia haitiana. Os corpos foram levados até o hospital e cerca de 200 manifestantes seguiram a ambulância para denunciar e confrontar as forças repressivas que assassinaram o jovem. A polícia respondeu dando um tiro para o alto para amedrontar o povo que clamava por justiça.
Houve ainda manifestações em outras cidades, próximas da capital, com as mesmas reinvindicações.
Protestos contra o presidente hatiano ocorrem, na realidade, desde novembro de 2018 por conta das mesmas denúncias de corrupção, envolvendo um programa de cooperação entre Haiti, Venezuela e vários países do Caribe. O recurso, que obrigatoriamente deveria ser destinado para educação, saúde e outros serviços para atender às necessidades do povo, foram desviados, segundo investigações, e tudo aponta para o presidente do país.
A crise no país é galopante e, além da razão citada, a própria miséria geral que acomete os trabalhadores os lança em chamas para os protestos. A taxa de desemprego está na ordem dos 60% e mais da metade da população sobrevive com menos de 2 dólares (R$ 7,00) por dia.
Segundo analistas, a situação do Haiti só se agravou após a autodenominada “Missão de Paz” da ONU, que contou com a participação destacada do Exército reacionário brasileiro