O Movimento de Resistência Islâmica, Hamas, e a Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) realizaram uma reunião bilateral de grande importância na Faixa de Gaza. O encontro acontece no contexto de fortalecimento da Batalha do Dilúvio de Al-Aqsa e da guerra de genocídio conduzida pela ocupação israelense contra o povo palestino em Gaza.
Em declaração conjunta, as duas organizações expressaram “reverência e admiração” pela resistência palestina em Gaza, Cisjordânia, Al-Quds (Jerusalém) e nos territórios ocupados, bem como pelos prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, os feridos e os que tombaram em luta. O Hamas e a FDLP ressaltaram que a resistência é um direito legítimo do povo palestino e que a batalha atual é uma consequência direta da agressão sionista contra os direitos palestinos e sua terra.
A nota destaca ainda que o futuro da Palestina será decidido pelo próprio povo palestino, com todas as organizações da resistência nacional reunidas, e que qualquer tentativa externa ao consenso nacional palestino será tratada como ocupação e não terá legitimidade em solo palestino. “Nenhum acordo será feito com a ocupação sionista, a menos que atenda às exigências do nosso povo”, afirmaram, destacando como condições o fim da agressão, a retirada total de Gaza, o fim do bloqueio, a reconstrução e a troca de prisioneiros. Esta reafirmação do direito palestino a decidir sobre seu futuro ocorre em um momento em que o acordo de cessar-fogo imediato e permanente é dificultado pelos interesses escusos de determinados setores do sionismo.
As duas organizações também defenderam a implementação do Acordo de Pequim, estabelecida em um esforço genuíno das organizações palestinas de reforçar a unidade nacional e de luta, ademais de outros acordos anteriores como um passo essencial para a reconstituição do sistema político palestino e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), para que esta possa retomar seu papel na liderança das aspirações de liberdade e independência do povo palestino. O acordo foi um importante logro das forças mais avançadas da Resistência, que consolidaram a unidade entre os diferentes grupos em torno da luta armada e de uma Palestina livre com Jerusalém como capital.
Por fim, a coordenação conjunta entre o Hamas e a FDLP será mantida em todas as frentes – políticas, militares e populares – e ambos os grupos se comprometeram a proteger a Frente Interna Palestina contra qualquer tentativa de enfraquecer a paz e a segurança social, reafirmando o compromisso com a mobilização das forças de resistência em todas as partes da Palestina ocupada.