A imprensa estatal do Irã confirmou que o líder do Hamas, assassinado no dia 30/7, foi atingido por “projétil guiado aerotransportado”. O ataque ocorreu no Norte de Teerã, em um complexo para veteranos militares.

As investigações ainda estão em curso, mas o pouco levantado aponta para uma operação bem arquitetada e uma violação da soberania nacional iraniana. Isso permite que o país persa responda.

O armamento e o nível de complexidade envolvido podem indicar que mãos poderosas estiveram por trás da operação, já celebrada por membros do governo de Israel. O Hamas classificou o feito como uma “incursão sionista traiçoeira”. Já a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) levantou a tese do Estados Unidos (EUA) ter auxiliado Israel no ataque.

Alguns já consideram a resposta como “inevitável”. O pesquisador Abas Aslani, do Centro para Estudos Estratégicos do Oriente Médio em Teerã, afirmou ao jornal monopolista Al Jazeera que “do ponto de vista da segurança, foi um ataque significativo para o Irã”. “Por isso, considero que uma retaliação ou uma resposta pelo lado iraniano seja inevitável. Só não estou certo da qualidade [da resposta] ainda”.

O recente histórico envolvendo violações da soberania nacional iraniana por Israel também favorece a hipótese de uma resposta. O país persa lançou drones, mísseis e tiros de artilharia contra Israel durante a Operação Verdadeira Promessa, feita em resposta ao assassinato de líderes da Guarda Revolucionária do Irã na Embaixada do país em Damasco, na Síria, em abril.

Além disso, um outro aspecto que fortalece a tendência de uma resposta é o peso da visita de Haniyeh: o líder palestino estava no Irã como um convidado oficial para a cerimônia de posse do novo presidente do país, Masoud Pezeshkian.