O grupo da Resistência Libanesa, Hezbollah, confirmou a morte de seu líder, o patriota libanês Sayyed Hassan Nasrallah, em um pronunciamento hoje (28). O grupo prometeu continuar a guerra “no confronto com o inimigo, em apoio a Gaza e à Palestina, e em defesa do Líbano e de seu povo firme e honrado”.
Nasrallah foi assassinado por um bombardeio do Estado sionista de Israel em Beirute. Israel alegou a morte em primeiro lugar, mas a veracidade da informação só foi confirmada com o pronunciamento da Resistência.
O Hezbollah também afirmou que “Nosso Líder ainda está entre nós com seu pensamento, espírito, linha e abordagem”. “Vocês estão no juramento de lealdade e comprometimento com a resistência e o sacrifício até a vitória”.
Resistência Palestina se pronuncia
O grupo de Resistência Nacional Palestina, Hamas, declarou sua solidariedade à organização libanesa.
“Nós nos lembramos de sua vida e carreira cheias de sacrifícios em prol da libertação de Jerusalém e da abençoada Mesquita de Al-Aqsa”, disse o grupo.
O Hamas também destacou “as posições honrosas de apoio ao nosso povo palestino, nossa resistência valente e nossos direitos legítimos”, e a “sua insistência em continuar a frente de apoio heroico ao nosso povo e nossa resistência no Dilúvio de Al-Aqsa”.
O papel de Nasrallah na direção Resistência Libanesa
Nasrallah foi um proeminente líder da Resistência Libanesa. Comprometido com a libertação do Líbano, Nasrallah participou da luta anti-imperialista e antissionista desde o final da década de 1970 e início de 1980. Em 1992, Hassan Nasrallah substituiu Abbas Al-Musawi no cargo de Secretário-Geral da organização, função que exerceu até seu assassinato.
Foi sob sua liderança que o Hezbollah desmembrou o Exército do Sul do Líbano, lacaio de Israel, e expulsou as tropas sionistas do Sul do País, em 2000. Nasrallah também dirigiu a Resistência a nível militar e político contra as operações sionistas “Responsabilidade” (1993), “Operação V” (1994), contra a guerra de agressão libanesa ao Líbano em 2006 e outras operações sionistas em 2009 e 2011.
Nos últimos meses, Nasrallah dirigiu as operações do Hezbollah em solidariedade à Operação Dilúvio de Al-Aqsa, lançada pela Resistência Nacional Palestina no 7 de outubro, e contra o genocídio em Gaza.
Resistência continua
O assassinato de Nasrallah é, sem dúvidas, um duro golpe contra o Hezbollah.
Por outro lado, não significa um abalo na capacidade de operação do grupo. O Hezbollah tem, somente no Sul, cerca de 70 mil combatentes mobilizados. Por todo o Líbano, há outras dezenas de milhares de combatentes já em operações ou como reservistas.
Com o aumento da agressão ao Líbano, é provável ainda que o apoio ao grupo cresça, como historicamente ocorreu, dando ao Hezbollah mais capacidade de mobilizar as massas populares na guerra de Resistência.
De acordo com um relatório do jornal israelense Yedioth Ahronoth desta semana, o Hezbollah não usou nem 10% de suas capacidades na guerra.
Israel já perdeu milhões de dólares na guerra. E isso porque ainda não invadiu o Líbano por terra, que será o momento mais custoso para o Estado sionista, caso decida fazer.
“Se Israel decidir invadir o Líbano por terra, o custo de vida será muito alto”, disse recentemente o especialista Bruno Beaklini ao AND. “E isso para um Estado que não está acostumado a perder vida de seus invasores, e sim matar crianças e mulheres. É um custo político que nem o gabinete de guerra de Netanyahu consegue pagar”.