Foto: Univision
Em várias partes de Honduras houve violentos protestos e rebeliões contra a fraude eleitoral deflagrados após o pleito do dia 26 de novembro. As rebeliões foram reprimidas brutalmente. O saldo é já de 100 detidos, 20 feridos e cinco mortos até o fechamento da presente matéria (15/12).
A fraude produziu-se durante as eleições presidenciais ocorridas no dia 26/11, disputadas pelo atual presidente reacionário Juan Orlando Hernández, do Partido Nacional, e o oportunista Salvador Nasralla, da Aliança de Oposição.
No fim da apuração dos votos, que indicava a vitória do segundo por 6 pontos percentuais, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do país suspendeu a apuração faltando 5% das urnas. Oito dias depois, o resultado apontava a questionável vitória do seu adversário, o atual gerente Hernández.
Durante esses dias de incertezas irromperam inúmeras rebeliões. Em Tegucigalpa, um protesto durou várias horas, atravessando inclusive a madrugada, em frente ao local onde estavam guardadas as urnas. Os manifestantes enfrentaram a repressão policial e dos militares que utilizaram de tiros de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.
Hernández é presidente do país desde 2014 e hoje postula a reeleição após tê-la autorizado sob seu próprio governo. Durante seu gerenciamento, promoveu uma absurda lei antiterrorista que impõe até 50 anos de prisão para manifestantes.
Seu partido vincula-se em várias ocasiões com o narcotráfico. O filho do ex-presidente Porfirio Lobo, do seu partido, está detido no Haiti por vinculação ao tráfico de drogas. Inclusive, um poderoso cartel narcotraficante confessou ter enviado mais de 500 mil dólares à campanha de Hernández, em troca de proteção.