Ansarallah faz potentes ataques contra marinha ianque e Israel e mobiliza povo iemenita para uma possível guerra por terra

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Ansarallah faz potentes ataques contra marinha ianque e Israel e mobiliza povo iemenita para uma possível guerra por terra

As Forças Armadas do Iêmen realizaram na manhã do dia 23 de abril ataques contra alvos israelenses em Haifa em Tel Aviv, segundo informações na imprensa internacional. O ataque foi feito um dia depois que os militares dirigidos pelo movimento anti-imperialista Ansarallah, lançaram mais uma saraivada de foguetes contra os dois porta-aviões do Estados Unidos (EUA) atracados no Mar Vermelho, em resposta às dezenas de ataques dos ianques contra o povo iemenita. 

Segundo o porta-voz do Ansarallah, o Brigadeiro-General Yahya Saree, os ataques feitos contra os porta-aviões USS Harry Truman e USS Carl Vinson foram coordenados pela unidade de drones da Força Aérea do Iêmen (unidade de drones) e pela Força Naval. 

Saree defendeu que a posição do Ansarallah hoje é muito superior da que se apresentava nas semanas que antecederam o retorno das batalhas contra a marinha do EUA, em 17 de março. A afirmação é apoiada por um relatório publicado no site chinês Sohu diz que “a agressão dos EUA contra o Iêmen não obteve resultados tangíveis, apesar de Washington gastar bilhões de dólares e lançar centenas de mísseis”, disse a matéria, que destacou o gasto desproporcional de recursos militares por parte do imperialismo ianque. 

Já o jornal chinês “Bai Jia Hao” destacou nesta terça-feira que os ataques ao porta-aviões Carl Vinson, recém chegado do Pacifico para o Mar Vermelho, sofreu duros ataques desde seu primeiro dia na região. Os iemenitas usam apenas táticas de baixo custo mas que, apoiadas pelo sofisticado sistema de defesa iemenita, conseguem penetrar as defesas por porta-aviões. Segundo o relatório, os principais danos ocorreram no convés dos navios, com dezenas de crateras que vão tornando suas operações de guerra cada vez mais inoperáveis. 

Ainda de acordo com a imprensa chinesa, as informações obtidas pelas lideranças iemenitas são precisas, garantindo a máxima eficácia nos ataques.

Há outras evidências da capacidade iemenita: segundo um relatório da inteligência iemenita divulgado pelo presidente do país, Mahdi Al-Mashad, o porta-aviões Harry Truman se encontra parado no norte do Mar Vermelho sem capacidade de ataque após os sucessivos ataques iemenitas. 

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Ao todo, as Forças Armadas do Iêmen deram combate em seis “Super Porta-Aviões” dos EUA, contando com o “Truman” e o “Vinson”. Cinco dos navios eram da frota “Nimitz”, que possui dez navios. Outro porta-aviões combatido pelos iemenitas foi a única unidade operante do dito “ultra moderno” USS Gerald Ford.

Os feitos do Iêmen chegaram a provocar espanto no mandatário de turno dos EUA, Donald Trump. “Os iemenitas já estão fabricando mísseis. Ninguém imaginaria que eles estavam fabricando mísseis, e eles são muito sofisticados e duráveis.”, comentou o ultrarreacionário. “É uma tecnologia avançada e muito poderosa.”

Em uma desesperada tentativa de intimidar a Resistência Nacional Iemenita, o EUA fez um pesado bombardeio ao porto petrolífero de Ras Issa, matando mais de 70 operários e seguranças sob a desculpa de que o local abastecia a produção militar. 

O ataque provocou uma grande revolta nas massas populares do País. “Não era um porto militar! Nós não somos tolos e ingênuos de expôr nossas forças e armas em um porto”, protestou um manifestante ao monopólio de imprensa AFP News. Ele também apontou que o ataque foi apenas para satisfazer a contrapropaganda do imperialismo ianque, sem afetar as capacidades militares do Ansarallah. 

Nos últimos meses os iemenitas vem demonstrando um significativo avanço na eficácia de seu sistema ofensivo e defensivo. Essa semana, Saree anunciou a interceptação de mais um drone MQ-9 dos EUA. Esse já é o sétimo veículo não tripulado ianque abatido desde o início de março e o sexto desde a retomada dos ataques por parte da marinha norte-americana. 

Israel em chamas

O ataque feito pelos iemenitas contra o território ocupado por Israel contou com o lançamento de um míssil balístico supersônico para atingir a cidade de Haifa e drones para atacar Tel Aviv. 

Segundo a declaração, o míssil atingiu Haifa com sucesso, levando milhares de sionistas a procurar abrigo. Os iemenitas também disseram que os sistemas de defesa israelenses não conseguiram barrar o que o Ansarallah chamou de “uma operação militar qualitativa”.  

Camponeses tomam parte na Resistência

As operações do movimento anti-imperialista do Iêmen tem tido a retaguarda coberta por importantes manifestações populares. No dia 21 de abril, as tribos do distrito de Sa’id, em Saada, organizaram uma manifestação e uma vigília armada para demonstrar seu comprometimento em enfrentar a agressão norte-americana e as ameaças de invasão por parte de grupos paramilitares financiados pela coalizão EUA-Arábia Saudita-Emirados Árabes. Os planos de invasão foram noticiados com exclusivdade na imprensa brasileira por AND.

Os camponeses de Hodeidah também estão mobilizados. No dia 23/04, os camponeses da cidade voltaram a realizar manifestações armadas em praças públicas, enfatizando sua prontidão em seguir defendendo seu direito de apoiar a luta do povo palestino e  manifestando seu apoio às suas chefaturas por decidirem expandir a Resistência Nacional e Árabe.

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Segundo a imprensa do país, eles declararamo seu mais profundo repúdio aos traidores que procuram enfraquecer a organização camponesa e entregar informações aos inimigos ianques e às monarquias lacaias.  Os manifestantes declararam que o ato era também uma revolta camponesa contra a tirania do EUA, que nas últimas semanas estão mirando seus bombardeios criminosos ao povo de Hodeidah.

Intelectuais anti-imperialistas

A mobilização popular atingiu também as universidades. Nos últimos meses, o Escritório Geral de Mobilização realizou uma série de cursos abertos sobre a operação “Dilúvio de Al-Aqsa”, reunindo estudantes universitários e secundaristas, bem como professores. Ao final dos cursos, os jovens e intelectuais estão realizando marchas coordenadas. 

O Diretor do Escritório de Educação do Iêmen, Abdul Karim Al-Habsi, enfatizou que os ataques dos EUA ao Iêmen, bem como os ataques sionistas ao povo palestino só fazem crescer a certeza da justeza da organização para a luta.

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Na segunda-feira, estudantes organizados no Fórum de Estudantes Universitários e professores da Universidade de Hodeidah realizaram uma massiva manifestação declarando seu apoio incondicional a causa do povo palestino e seu apoio às ofensivas contra o imperialismo ianque. 

Os manifestantes dizem que apesar de todas as diferenças que no seio do povo iemenita, nenhuma é tão forte quanto a necessidade de lutar pela libertação nacional dos países árabes. 

A Associação de Acadêmicos do Iêmen publicou uma nota defendendo a máxima mobilização popular contra qualquer tentativa da coalizão EUA-Arábia Saudita-Emirados Árabes, apoiados por Israel, de seguir seus ataques contra o povo iemenita. A Associação defendeu também que é dever dos povos árabes elevar seus sacrifícios contra o inimigo sionista na defesa do povo palestino, “aliviando o sofrimento de suas crianças e mulheres”.

Invasão por terra?

Os rumores de uma possível invasão por terra começaram no dia 11/04, quando o  monopólio de imprensa dos Emirados Árabes Unidos “The National” publicou um plano de invadir o território controlado pelo Ansarallah com 80 mil soldados, em uma ofensiva que conta com participação ativa da Arábia Saudita e de grandes empresas monopolistas britânicas. 

O AND noticiou os planos de invasão no dia 18/04. Cinco dias depois, o jornal iemenita Al-Thawrah publicou que a província de Hadhramaut está testemunhando grandes mobilizações por parte de paramilitares organizados por latifundiários ligados ao chamado “Conselho de Transição”, um grupo político feito para atender aos interesses das monarquias árabes, subservientes aos EUA. 

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Segundo as informações, um “grande evento público” está programado para essa quinta feira (24/04). De acordo com analistas políticos ligados ao Ansarallah, essas movimentações paramilitares podem levar a confrontos armados, uma vez que Hadhramaut já testemunhou intensos combates. Ao que tudo indica, o embaixador norte-americano no território governado pela coalizão pró-EUA é o principal articulador entre os interesses dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita no conflito, incitando a chamada “Aliança Tribal Hadramaut” a elevar suas mobilizações.

O relatório do site Sohu apontou que os EUA possuem um grande receio em enfrentar as tropas do Ansarallah em uma invasão por terra ao Iêmen, indicando que o imperialismo possui uma nítida dependência dos grupos paramilitares organizados por latifundiários iemenitas, apoiados pelos Emirados Árabes Unidos. O relatório indicou que o prolongamento dos bombardeios estadunidenses é um reflexo da necessidade do prolongamento de uma “guerra por procura” que até agora não deu resultados militares. 

“A dependência dos Estados Unidos de representantes regionais e milícias locais do Iêmen reflete uma falta de confiança e capacidade dentro de Washington, especialmente dada a resiliência das Forças Armadas iemenitas e sua superioridade na guerra terrestre e no combate terrestre”, diz a reportagem. 

Na semana passada, uma reportagem do Palestine Chronicle tratou sobre como a maior parte das Forças Armadas iemenitas se incorporou ao movimento Ansarallah e como o movimento anti-imperialista tem uma grande capilaridade nas massas populares. 

O conjunto das informações indica que, considerando a alta mobilização do povo iemenita e sua crescente consciência anti-imperialista, qualquer mobilização que ataque o direito de autodeterminação de seu povo será prontamente respondida com a fúria de um povo coeso na luta.

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