Cartaz da campanha internacional pela liberdade da Ajith. Rio de Janeiro, março de 2019. Fotos: Banco de dados AND
Konnath Muralidharan, mais conhecido como camarada Ajith, de 66 anos, foi libertado provisoriamente da prisão de Yerwada, no último dia 23 de julho. Ele é um veterano dirigente maoista, além de escritor e prestigiado intelectual.
Ajith estava preso desde o dia 9 de maio 2015, sob a acusação de pertencer ao Partido Comunista da Índia (Maoista), o que nunca foi provado. Em fevereiro, o Tribunal Superior de Bombain decretou sua liberdade sob o pagamento de fiança após anos de uma grande campanha internacional pela sua libertação, porém ele só foi solto agora porque o governo de Maharashtra interpôs, na ocasião, com recurso.
Anos de prisão política
Ajith foi preso às 6h da manhã do dia 8 de maio de 2015 depois que o Esquadrão Antiterrorismo do Estado de Maharashtra (EAM) invadiu a casa onde ele residia em Talegaon, no estado de Pune.
Segundo a polícia, na casa foi encontrado “material subversivo” e “documentos falsos”, versão contestada pelos democratas e progressistas indianos, vista a prática corriqueira da polícia de plantar falsas provas para incriminar ativistas democráticos, intelectuais, professores e associá-los ao PCI (Maoista).
Pichação em solidariedade à campanha pela liberdade de Ajith. Norte de Minas Gerais, março de 2019
O camarada Ajith dedicou toda a sua vida à luta contra a opressão, contra o imperialismo e a exploração, trabalhando para construir a revolução e uma nova sociedade. Ele lutou pela unificação dos comunistas na Índia em torno de um partido revolucionário proletário, guiado pelo marxismo-leninismo-maoismo. Ele também se dedicou a contribuir no sentido de unir os comunistas do mundo em uma nova organização internacional maoista, além de ter criticado duramente todo o oportunismo dentro do Movimento Comunista Internacional.
Camponeses do Norte de Minas apoiam campanha pela liberdade de Ajith