Shyna, uma combatente maoista, foi liberta da prisão em Kannur sob fiança, em 14 de agosto. Ela esteve presa durante três anos, desde maio de 2015. Seu “crime” foi ter escrito uma carta ao Ministro principal de Kerala, na qual afirmava que a repressão e a miséria a fez unir com os maoistas.
Ela foi recebida por vários ativistas em defesa dos direitos do povo, na portaria da prisão, e levada por um veículo a um local seguro, acompanhada por uma procissão.
Shyna foi presa enquadrada, por conta dessa carta, na Lei de Segurança Nacional e, dos três anos que mantiveram-na encarcerada, um foi apenas na condição de prisão preventiva. Ela também foi acusada de 17 atos criminais enquadrados na Lei de Atividades Ilegais, numa inenarrável trama para detê-la e dar um exemplo para os demais jovens e revolucionários.
“Não há provas nos casos dos quais fui acusada e a polícia enquadrou os casos apenas para nos manter na prisão por três anos e pouco.”, disse Shyna ao monopólio de imprensa local. Shyna se refere também a outras três pessoas e a seu marido, Roopesh, todos sequestrados na mesma ocasião em Coimbatore por um bando policial de Tamil Nadu e Andhra Pradsh.
Na carta pela qual foi presa, citada anteriormente, Shyna afirma que se deu conta “uma pessoa que pensa e atua politicamente não tem outro caminho que o de rebelar-se” e afirma, dirigindo-se ao Ministro, que “tua polícia e teu governo me converteram em uma maoista”.