Índia: Dois agentes da reação e um comandante revolucionário são mortos

Índia: Dois agentes da reação e um comandante revolucionário são mortos

Guerrilheiros maoistas indianos. Foto: Banco de Dados AND.

Um chefe e um subinspetor da polícia indiana do distrito de Chattisgarh foram mortos, de acordo com a polícia, ao final do mês de agosto. Já o comandante maoista do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL) fora capturado, torturado e morto após ser internado em um hospital para o tratamento de uma enfermidade, no dia 3 de setembro.

No dia 31/08, foi encontrado o corpo de um subinspetor assistente de 59 anos de idade que desapareceu enquanto viajava para sua aldeia no distrito de Bijapur. A polícia suspeita que ele fora morto pelos guerrilheiros maoistas.

Também, o corpo de um chefe da polícia que havia deixado seu acampamento em 28/08 sem informar ninguém foi encontrado no distrito de Dantewada, em Chhattisgarh, no dia 1° de setembro, disse a polícia. A polícia afirma que um panfleto do Comitê da Divisão Oeste de Bastar do PCI (Maoista) foi encontrado perto do corpo de Kaneshwar Netam (32 anos), assumindo a responsabilidade pelo assassinato. 

Netam entrou em serviço no acampamento de Bodli (vilarejo) no dia 25/08. Ele deixou o acampamento na noite de 28/08 alegadamente sem informar ninguém e não retornou.

Comandante moista é preso, torturado e morto após ser capturado em hospital

O PCI (Maoista) desmentiu a versão dada pela polícia sobre as condições em que um comandante teria sido morto no dia 03/09, afirmando que não havia sido durante um enfrentamento, mas sim numa bárbara ação de sequestro, tortura e assassinato do comandante que fora retirado do hospital pelas forças de repressão.

Em declaração no dia 04/09, o Secretário do Comitê Divisional de Bhadradri Kothagudem-East Godavari (BK-EG) do Partido, Azad, disse que o quadro assassinado era Dudi Devalu, conhecido como Shanker da aldeia de Arlapalli, na área de Konta, distrito de Sukma, no estado de Chhattisgarh.

Shanker juntou-se ao EGPL no ano de 2013, foi transferido para Telangana Dalam e subiu para o nível de Membro do Comitê de Área (ACM) e Comandante da Guarda de Proteção do chefe maoista Haribhushan.

Ele foi morto a tiros pela polícia depois de ser preso em 3 de setembro, quando foi a um hospital para tratamento de uma enfermidade. O maoista foi torturado antes de ser morto nas florestas de Devarlagudem -Dubbugudem na mandala de Gundala, de acordo com a declaração. A polícia tem prendido grande número de ativistas do PCI (Maoista), torturando-os e prendendo-os, afirmou Azad.

“A polícia de Telangana tem realizado uma falsa campanha no disfarce de Adivasi (grupos étnicos, povos originários) Sanghalu e Telangana Parirakshana, descrevendo os maoistas como anti-desenvolvimento. Mas o povo sabe bem que os governantes de ideais feudais e as forças capitalistas são os verdadeiros inimigos do desenvolvimento”, coloca. 

Azad convocou o povo nos distritos de Bhadradri Kothagudem e Mahabubabad em Telangana e East Godavari em Andhra Pradesh para um bandh (greves gerais convocadas pelo Partido) no dia 6 de setembro em protesto contra o assassinato de Shanker pela polícia.

Enquanto isso, os membros da família do falecido comandante foram ao local chegaram no dia 04/09 em Chhattisgarh para levar seu corpo ao seu lugar de origem para conduzir os últimos ritos.

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