Índia: Policiais são presos ao se passarem por maoistas para cometer assaltos

Índia: Policiais são presos ao se passarem por maoistas para cometer assaltos

Dois policiais e um civil foram presos, no dia 15 de agosto, acusados de cometer assaltos e roubos contra mercadores e viajantes enquanto se passavam por maoistas (guerrilheiros do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação, EGPL), no distrito de Narayanpur, estado de Chhattisgarh. A prática, cujo objetivo é enlamear a honra e a moral dos comunistas, foi desmantelada pelas próprias forças do governo.

O Partido Comunista da Índia (Maoista) tem denunciado frequentemente que pessoas e bandos contrarrevolucionários têm se passado por combatentes do EGPL para cometer seus crimes contra o povo, e adverte que se capturados serão executados.

Partido maoista alerta informantes da polícia

Dez cartazes ordenando que policiais e informantes se apresentem ao público e renunciem às suas atividades contra o povo apareceram, no dia 12 de agosto, na região de Porahat, no distrito de Singhbhum Ocidental, estado de Jharkhand. Nos cartazes, o PCI (Maoista) adverte que se não o fizerem receberão uma pesada punição.

Ainda no distrito de Singhbhum Ocidental, um jovem foi executado pelas forças de repressão na floresta de Thalkobeda, perto da fronteira com o distrito de Khunti. Os policiais o acusaram de ser um membro do PCI (Maoista). 

As forças policiais têm aumentado as operações, uma vez que a atividade guerrilheira tem crescido na área.

Uma guerra popular e de massas

A guerra popular na Índia, dirigida pelos comunistas, organiza os povos tribais e demais camponeses, que vivem nas áreas de campo, para resistirem contra o despejo de suas terras perpetradas por mineradoras, madeireiras e outras grandes empresas ligadas à grande burguesia, ao latifúndio ou ao imperialismo.

Através da luta armada pela defesa da posse da terra, os comunistas vão organizando as massas e elas desenvolvem a Revolução de Nova Democracia, desenvolvendo uma agricultura com graus crescentes de cooperação e de trabalho coletivo, libertando as forças produtivas e varrendo, pouco a pouco, a dominação imperialista e das classes locais lacaias (grandes burgueses e latifundiários).

Polícia indiana reprime manifestação popular em agosto de 2014. Foto ilustrativa

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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