Indígenas Avá-Guarani resistem a terror latifundiário no Oeste do Paraná

"Se eles atirarem, deixem que atirem! Se for para gente morrer pela terra, vamos morrer mais uma vez! Se eles quiserem nos ferir, como foi acontecer no dia 10, vamos derramar de novo nosso sangue por essa terra! É A NOSSA TERRA" Indígenas respondem combativamente às ameaças do latifúndio.
Latifundiários atacaram indígenas, mas se depararam com resistência. Foto: Reprodução

Indígenas Avá-Guarani resistem a terror latifundiário no Oeste do Paraná

"Se eles atirarem, deixem que atirem! Se for para gente morrer pela terra, vamos morrer mais uma vez! Se eles quiserem nos ferir, como foi acontecer no dia 10, vamos derramar de novo nosso sangue por essa terra! É A NOSSA TERRA" Indígenas respondem combativamente às ameaças do latifúndio.

Na madrugada de 28 de agosto, a Tekoha Y’Hovy, no município de Guaraíra, foi brutalmente atacada por latifundiários e pistoleiros armados, deixando ao menos quatro indígenas Avá-Guarani feridos, dois deles em estado grave. O ataque acontece em meio a suposto monitoramento da Força Nacional de Luiz Inácio.

De acordo com relatos, os pistoleiros, a mando dos latifundiários, alvejaram pelo menos quatro pessoas, sendo que duas delas estão em estado grave. Os ataques começaram por volta das 23 horas do dia 27 e se estenderam por toda a madrugada. 

Vídeos enviados ao jornal A Nova Democracia mostram inúmeras caminhonetes com os faróis ligados, além do som ensurdecedor de fogos de artifício. Nas gravações, é possível ouvir a firme resposta dos Avá-Guarani:

“Se eles atirarem, deixem que atirem! Se for para gente morrer pela terra, vamos morrer mais uma vez! Se eles quiserem nos ferir, como aconteceu no dia 10, vamos derramar de novo nosso sangue por essa terra! É A NOSSA TERRA!”

Os indígenas também denunciam a Força Nacional do governo de Luiz Inácio, que foi enviada para monitorar e impedir a violência na região e, no entanto, não apenas não estava presente no momento do ataque, como também, após a chegada dos policiais, falhou em tomar medidas para deter os pistoleiros, evidenciando sua cumplicidade nos crimes cometidos pelo latifúndio.

Após a madrugada de terror, os pistoleiros retornaram na tarde do dia 28 e atearam fogo nos arredores do acampamento, mantendo os Avá-Guarani em constante estado de tensão e à espera de novos ataques.

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