Indígenas marcham na Esplanada e bloqueiam estradas em mais uma série de protestos contra o Marco temporal 

As manifestações ocorrem em meio a uma elevação da luta indígena e da luta pela terra em geral em diferentes regiões do País.
Marcha indígena na Esplanada. Foto: Bruno Spada

Indígenas marcham na Esplanada e bloqueiam estradas em mais uma série de protestos contra o Marco temporal 

As manifestações ocorrem em meio a uma elevação da luta indígena e da luta pela terra em geral em diferentes regiões do País.

Nos dias 29 e 30 dessa semana, protestos indígenas contra o Marco Temporal foram registrados em diversos pontos do País. A convocação foi realizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), conformada por diversas organizações regionais indígenas.

Em Brasília, cerca de 400 indígenas marcharam pela Esplanada dos Ministérios até a Praça dos Três Poderes contra a tese do Marco Temporal.

No Maranhão, os indígenas do povo Akroá Gamella paralisaram a estrada MA-014, via entre as cidades de Matinha e Viana. Houve também participação dos Guajajara, que fecharam a BR-316, trecho do município Bom Jardim.

Indígenas em protesto no Maranhão

Os indígenas protestaram também contra o empreendimento Grão Pará-Maranhão, que prevê a construção de um terminal portuário no território quilombola Ilha do Cajual e de uma ferrovia de 520 KM de extensão que cortará territórios indígenas e quilombolas entre Alcântara e Açailândia. O projeto segue sem avaliação dos impactos ambientais consequentes.

Terça feira (29) em Roraima, indígenas das terras Raposa Serra do Sol e São Marcos bloquearam o quilômetro 666 da rodovia federal BR-174.

As manifestações ocorrem em meio a uma elevação da luta indígena e da luta pela terra em geral em diferentes regiões do País. Exemplos não faltam: os Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul, os Avá-Guaraní na região de Terra Roxa (PR) e as lutas camponesas em curso em Barro Branco (PE) e Messias (AL).

Há menos de um mês, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) convocou os povos do campo a resistirem e responderem na mesma medida à guerra reacionária imposta pelo latifúndio, única forma de garantir o seu sagrado direito à terra.

LCP emite comunicado: ‘Os paramilitares bolsonaristas estão levando sua guerra covarde ao campo, é guerra o que eles vão ter!’ – A Nova Democracia
“Nós camponeses somos os palestinos do Brasil e lutamos contra um inimigo armado até os dentes; mas assim como o Povo Palestino, nossa luta é justa e venceremos inevitavelmente! Há exatos 75 anos, o povo chinês, em mais de 27 anos de guerra popular prolongada, derrotou três grandes inimigos que pesavam sobre o povo e a nação chinesa: o imperialismo, o capitalismo burocrático e o latifúndio feudal e semifeudal. Do mesmo modo, o povo palestino e o povo brasileiro, assegurarão a sua completa libertação, mesmo que a luta cobre muito tempo para se cumprir, nossa causa triunfará inevitavelmente!”, declara a LCP
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