Inflação e taxa de juros continuarão em alta até pelo menos 2025, afirma diretora do FMI

A diretora da fundação imperialista FMI afirmou que há uma tendência para que haja um crescimento repentino da inflação na economia mundial.
Diretora do FMI afirma que percentual de inflação deve continuar alto pelo menos até 2025. Foto: Kevin Dietsch/Getty Images

Inflação e taxa de juros continuarão em alta até pelo menos 2025, afirma diretora do FMI

A diretora da fundação imperialista FMI afirmou que há uma tendência para que haja um crescimento repentino da inflação na economia mundial.

Em declaração, a diretora da fundação imperialista Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, admitiu que há uma tendência para crescimento repentino da inflação, já alta, que não deverá frear pelo menos até o ano de 2025. De acordo com a diretora, essa situação “impactará ainda mais as condições financeiras, impactando duramente os mercados e as economias em todo mundo”. Na prática, aponta-se para o aprofundamento da crise do imperialismo e a piora das condições mínimas de sobrevivência das massas.

A alta da inflação é uma tendência já sentida pelas massas de todo o mundo. O FMI, desde o início da pandemia da Covid-19, buscava disfarçar a alta da inflação como consequência da crise do imperialismo ao justificá-la como efeito  único e exclusivo da pandemia global e, depois, da guerra de agressão russa à Ucrânia. Hoje, passada essa situação, ainda não há perspectiva de melhora no problema do aumento da carestia.

No ano passado, a alta severa dos preços de produtos básicos foi enfrentada por grandes levantes de massas massas em dezenas de países, como Filipinas, Paraguai, Paquistão, Bélgica, Alemanha, Argentina, Irlanda do Norte e inclusive o Brasil, onde as massas realizaram confiscos de supermercados, redes de abastecimento e caminhões, como o Supermercado Inter, em Inhaúma, e a rede Ceasa. Os protestos deixaram claro os graves e pesados efeitos da inflação principalmente sobre as massas populares.

No Brasil, é visível também que a tendência para o aumento da inflação anunciada pela diretora da fundação imperialista se confirma. Os últimos dois meses registraram altas consecutivas nos preços. Em agosto, a inflação cresceu em 0,23%. Já em setembro, o índice subiu em 0,35%. Com as altas, a inflação anual acumulada atingiu 5%.

A alta mundial dos preços vai de encontro com o palavrório do atual gerente de turno do imperialismo ianque, Joseph Biden, que vangloriou-se no dia 1 de setembro pela capacidade em manejar a baixa taxa de juros, inflação e pleno emprego. O breve respiro durou pouco. 

Na realidade, o que se apresenta para a economia ianque, atolada em uma dívida pública trilionária, é que se aumente mais as taxas de juros para supostamente “conter o perigo da explosão da inflação”, como afirma a diretora da fundação imperialista. A receita falaciosa da alta dos juros para contenção da inflação deve ainda ser repassada como receituário do FMI para as semicolônias de todo o mundo, onde as classes dominantes lacaias do imperialismo aplicam essas políticas econômicas como regra de ouro. Na prática, não há perspectiva para a melhora da economia nem nas análises mais otimistas dos próprios economistas a serviço do imperialismo. Para as massas, fica claro que não há saída dentro desse velho sistema de exploração e opressão, em crise geral de decomposição. 

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