Os alimentos, a gasolina e os aluguéis ficaram mais caros em janeiro no Estados Unidos (EUA), revelou o novo índice de preços ao consumidor, que aumentou em 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são do relatório do Departamento do Trabalho ianque divulgado no dia 11 de fevereiro.
O aumento foi acima da alta de 2,9% do mês anterior. O resultado vai na contramão das promessas de Donald Trump. O ultrarreacionário havia prometido baixar os preços durante a campanha presidencial. Em várias vezes, ele condenou a alta inflacionária durante o governo de Joseph Biden.
A inflação segue acima da meta do Banco Central ianque (FED, na siga em inglês), de 2%. Por isso, o FED deve manter os juros altos no EUA. Algo que também se choca com as promessa de Trump. Na manhã do dia 11/2, o presidente ultrarreacionário disse nas redes sociais que as taxas de juros deveriam ser reduzidas. É difícil que isso vá acontecer.
A alta inflacionária no EUA é responsabilidade dos cartéis econômicos que, na atual situação de pleno emprego na superpotência hegemônica única, aumentam os preços arbitrariamente.
O cenário aumenta impulsiona a crise de superprodução relativa de capital no EUA, porque a economia capitalista (sobretudo na fase atual, dos monopólios) concentra a produção no que dá lucro, e o lucro adquirido com a alta nas vendas é revertido na produção; como o reinvestimento de capital na produção evolui muito mais rapidamente do que a capacidade de compra das massas populares, o risco de uma crise de superprodução aumenta.
Isso explica porque a alta é generalizada: ao excluir as categorias voláteis de alimentos e energia, que mais subiram em janeiro, os preços básicos ao consumidor subiram 3,3% no primeiro mês do ano em comparação com o ano passado.
Dentre os bens não-voláteis que subiram de preço estão geladeiras, móveis e eletrodomésticos. Esses itens estavam ficando mais baratos no EUA, mas agora houve uma reversão. O governo Trump tende a piorar a situação com as tarifas de importação, sobretudo no aço e alumínio.
Sobre essa base, há elementos mais variáveis que tem aumentado os preços de itens voláteis. Um exemplo é a crise de gripe aviária no EUA, que encareceu os ovos – o preço do item subiu 15,2% em janeiro.
É um cenário favorável para a luta popular no EUA, que já desenvolve contra a ofensiva reacionária de Trump, sobretudo contra os imigrantes.