O ministro dos Negócios Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, afirmou no dia 12 de outubro que o “Eixo da Resistência”, termo utilizado para designar a aliança entre o Irã, grupos patrióticos palestinos, a Síria e o Hezbollah, pode responder Israel caso atrocidades e crimes de guerra contra Gaza continuem a acontecer. A afirmação foi dada no contexto de crescentes atrocidades cometidas por Israel contra a Faixa de Gaza.
“Alguns responsáveis ocidentais questionaram se existe intenção de abrir uma nova frente contra a entidade sionista. Claro, à luz da continuação destas circunstâncias que são crimes de guerra”, afirmou. Ele disse ainda que o corte de água e eletricidade contra Gaza são crimes de guerra.
O mesmo ministro já havia afirmado que “eles [os sionistas] não podem colocar Gaza sob um cerco total e cometerem crimes de guerra e não esperarem resposta”. Ao chegar à Beirute, no Líbano, durante uma visita neste dia 12/10, o ministro foi saudado por grupos patrióticos palestinos como o Hamas e Jihad Islâmica Palestina e afirmou que “a abertura de outras frentes é uma possibilidade real” frente “à contínua agressão”.
Receios
São pronunciamentos que apontam para a possibilidade da escalada dos conflitos a nível regional caso Israel não contenha o nível da agressão sionista contra o povo palestino. A escalada, por sua vez, gera preocupações para países imperialistas como a Rússia e Estados Unidos (USA) e ao social-imperialismo chinês, todos temerosos de que a escalada possa provocar um levante generalizado dos povos árabes no Oriente Médio.
Para o USA, há ainda o receio mais profundo de que a conflagração de uma rebelião no Oriente Médio force a concentração dos esforços na região e, assim, instigue os rivais da superpotência hegemônica única em outras partes do mundo, ou até mesmo no próprio Oriente Médio, a intensificarem as ações contrárias aos interesses dos ianques.