Foto ilustrativa do dia em que massas iraquianas e milícias xiitas pró-Irã cercaram, invadiram e atearam fogo à Embaixada ianque em Bagdá, 31/12/2019
Na noite do dia 25 de junho, após a prisão de 14 combatentes do Kata’ib Hezbollah, mais de 600 combatentes do próprio Hezbollah e membros de outras milícias xiitas apoiadas pelo Irã dirigiram-se à Bagdá, capital do Iraque, vindos de províncias no sul do país. Eles ocuparam as ruas e cercaram o complexo militar chamado de Zona Verde, onde estão as principais bases da ocupação ianque no Iraque e a própria Embaixada ianque, assim como a sede do governo títere iraquiano.
A capital do país foi tomada pelos combatentes após a prisão de mais de uma dúzia de membros dos grupos de Resistência Nacional por planejarem ataques com foguetes contra bases militares da coalizão militar invasora imperialista liderada pelo Estados Unidos (USA).
Vídeos de combatentes do Hezbollah patrulhando as ruas de Bagdá e sitiando casas de “autoridades” iraquianas e de agentes ianques no país começaram a circular na internet durante a madrugada de 25/06 (horário local).
Segundo o monopólio de imprensa Al Jazeera, a Zona Verde foi colocada sob total lockdown após dezenas de membros das Hashd al-Shaabi (Forças de Mobilização Popular, FMP) se concentrarem nas proximidades da região, exigindo a libertação dos presos.
O Comando de Operações Conjuntas Iraquianas declarou que o Serviço de Combate ao Terrorismo (CTS) havia invadido uma base do Hezbollah no sul de Bagdá e levado presos 14 membros da milícia que estariam planejando um ataque com foguetes à Zona Verde e que anteriormente já teriam atacado outras bases no Iraque que hospedam tropas da coalizão liderada pelos ianques.
O CTS afirmou que apreendeu vários foguetes e duas plataformas de lançamento que supostamente haviam sido usadas no passado para atingir a Zona Verde com foguetes Katyusha.
Apesar do CTS ter declarado que os presos foram “entregues aos serviços de segurança até que a investigação seja concluída e uma decisão seja tomada pelo judiciário”, afirmou também que estavam sendo realizadas negociações sobre a libertação dos combatentes com as FMP, a fim de reverter a situação em Bagdá.