Israel avança em sua promessa terrorista de tomar terras palestinas na Cisjordânia

Israel avança em sua promessa terrorista de tomar terras palestinas na Cisjordânia

Obras em um assentamento ilegal em Givat Zeev, na Área C da Cisjordânia ocupada por Israel. Foto: Menahem Kahana/AFP

No dia 31 de julho, Israel anunciou a construção de mais de 6 mil casas destinadas a colonos israelenses na Cisjordânia, território palestino ocupado desde 1967. O Ministério das Relações Exteriores, em Ramallah (Cisjordânia) denunciou a decisão como “prova da mentalidade colonial obscura dos governantes de Israel, e que ignora todas as resoluções da ONU, a lei internacional e os acordos assinados”, segundo informe da agência do monopólio da imprensa, Reuters.

O governo do USA, atualmente sob a gerência de Donald Trump, aclamou o anúncio do avanço das colônias israelenses. O projeto criminoso de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, é de anexar oficialmente à Israel, a longo prazo, os territórios hoje ocupados pelo Exército, como ele próprio afirmou em abril de 2019 e foi defendido pelo USA.

Leia também: USA defende anexação ilegal da Cisjordânia por Israel: ‘Ter botas no terreno não é contrário à paz

De acordo com documentos oficiais de Israel, há, hoje, 450 mil colonos e quase 300 mil palestinos morando na Área C da Cisjordânia, onde está a maior parte dos assentamentos ilegais construídos por Israel. No entanto, esses números pouco significam, pois as forças israelenses praticam há décadas uma política de limpeza étnica na região, como a prática comum de demolir e confiscar casas de famílias palestinas que se encontram tanto na Cisjordânia quanto em Jerusalém Oriental, levando ao deslocamento forçado dessa população.

No dia 19 de julho, por exemplo, começaram a ser derrubadas mais de dez casas palestinas que se encontravam em uma parte da Jerusalém Oriental, próxima a barreiras de forças militares israelenses, na fronteira com a Cisjordânia. Apesar de estar sob jurisdição da Autoridade Nacional Palestina (ANP), o território de Sur Baher, onde ficavam os 12 edifícios derrubados, foi tomado com os equipamentos de demolição e sua escolta, feita pelo Exército genocida de Israel, durante a madrugada.

Historicamente, essa política acaba por expulsar os palestinos e liberar as terras para que as colônias de Israel avancem sobre elas. Os moradores da faixa de terreno ao longo da barreira militar entre a Cisjordânia e Jerusalém Oriental temem que esse último caso de demolição de moradias palestinas abra o precedente para que o mesmo ocorra com eles.

Um dos prédios demolidos no fim de julho. Foto: Mussa Issa Qawasma/Agência Reuters

Foto: Ammar Awad/Reuters

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