Foto ilustrativa de ataque aéreo de Israel nos arredores de Damasco, na Síria em 20/11/2019. Foto: AFP
No dia 5 de maio, o Exército sírio denunciou em comunicado mais uma agressão sionista à nação síria, por meio da qual aeronaves israelenses bombardearam postos e quartéis militares em al-Safirah, no leste de Aleppo.
Segundo o monopólio de imprensa Al Jazeera, mais de uma dúzia de combatentes iranianos e iraquianos foram mortos no deserto perto da cidade de Mayadin, devido ao ataque que visava grupos de milícias ligados ao Irã.
O governo de Bashar al-Assad afirmou acreditar que explosões em um depósito de munição localizado na cidade síria de Homs no mesmo dia também tenham sido parte da onda de ofensivas lançadas pelo Estado sionista de Israel.
A região atingida concentra tropas apoiadas pelo Irã que lutam em apoio ao governo de Assad dentro da Síria, dado que ambos os governos em questão são lacaios do imperialismo russo.
Recentemente Israel tem intensificado suas ações militares transfronteiriças contra esses grupos, entre eles, o Hezbollah, que possui um longo histórico de resistência e combate à ocupação israelense na região.
Na semana anterior ao ataque, o ministro de Defesa de Israel, Naftali Bennet, havia declarado à imprensa local que o Estado sionista pretendia intensificar sua campanha militar contra o Irã na Síria.
As milícias apoiadas pelo Irã e seus aliados comandam uma presença militar significativa no leste da Síria, ao sul do vale do rio Eufrates, região próxima à fronteira com o Iraque.
GUERRA DE AGRESSÃO MASCARADA DE ‘CONFLITO REGIONAL’
Desde o início da guerra síria, em 2011, o Exército israelense atuou a serviço dos interesses do imperialismo ianque, lançando ataques transfronteiriços contra as forças do governo de Assad e seus aliados.
Dessa forma, o Estado sionista de Israel serve a escalar a agressão imperialista contra a nação síria ao passo que desbarata também o forte poder de influência que o Irã possui à nível de escala regional. No monopólio de imprensa, no entanto, a situação continua a ser narrada como um conflito regional, mascarando-se a verdadeira pugna interimperialista pela partilha territorial do Oriente Médio Ampliado.
Apesar de raramente confirmar detalhes de suas operações criminosas na Síria, Israel mantém clara sua posição de ofensiva contra a presença do Irã na região, a qual considera uma ameaça.
Grupos de estudo e análise de geopolítica do Oriente Médio, como o Instituto de Estudos de Segurança Nacional de Israel, observam uma clara intensificação dos ataques do colonialismo sionista à Síria nos últimos meses, em comparação com seu longo histórico de agressões e hostilidades contra as nações vizinhas.